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Por que segurança e eficiência energética estão sempre atreladas a lux

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É notório o quão defasado, em termos de segurança e eficiência energética, são os automóveis que são colocados à nossa disposição no mercado nacional. Basta uma breve busca para se encontrar, em mercados estrangeiros, carros populares que oferecem de série o tão sonhado pacote ABS, EBD, ESP, 6 ou 7 airbags e modelos que apresentam médias de consumo de combustível baixíssimas, ultrapassando facilmente casa dos 20 km/L e indo mais longe ainda em carros voltados para economia, como alguns híbridos ou diesel.

No velho continente, o programa eletrônico de estabilidade ou simplesmente controle de estabilidade, o famoso ESP, é obrigatório por lei desde novembro de 2011 e a meta é fazer com que ano que vem todos os carros que circulem na União Europeia tenham o equipamento. Já nos Estados Unidos, a obrigatoriedade vem desde 2008, determinada pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário. Para justificar a obrigatoriedade, alguns números: o equipamento reduz em 73% os acidentes em que o carro poderia capotar e reduz em 33% os acidentes fatais; capotamentos representam 40% dos acidentes fatais na Europa, o que significa 4.000 vidas que podem ser salvas anualmente com a presença do ESP além de evitar 10.000 feridos (fonte: Instituto de Seguros)

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Enquanto isso no Brasil, aprovamos em 2009, um ano depois do uso de airbags laterais e de cortina e dois anos depois do uso de ABS terem se tornado obrigatório nos Estados Unidos, a lei que torna obrigatório só a partir de 2014 o ABS e míseros dois airbags frontais. Chega a ser cômico, mas isso estava previsto em 1997 na redação original do Código Nacional de Trânsito, mas foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso sob alegação de que criaria dificuldades técnicas para motoristas (o que não faz o menor sentido) e para fiscalização.

Para confrontar o tamanho do absurdo: a presença desse tipo de airbags é obrigatória nos Estados Unidos desde 1989 e vendido desde 1970; na Europa não é imposto por lei e sim pela demanda dos consumidores e está presente em quase 100% dos automóveis.

Focando agora no que diz respeito à eficiência energética, um grande gerador de mudanças e inovações tecnológicas tem sido as normas de redução da emissão de poluentes em vigor na União Europeia. A norma Euro 5, que está em vigor, e a Euro 6 que entra em vigor efetivamente em 2015, estabelecem limites de emissão de poluentes tanto para veículos diesel quanto para veículos movidos a gasolina, GLP ou gás natural, para diversas categorias de veículos de acordo com a massa do veículo em quilogramas.

Para se ter uma ideia do quão agressiva e séria são essas normas, de 2011 para 2015 (da Euro 5 para Euro 6) estipula-se que as emissões caiam pela metade e já haviam caído 25% da Euro 4 para a Euro 5. Na prática, isso se traduz em mais investimento na pesquisa e desenvolvimento de novos motores e soluções mais eficientes. O maior exemplo disso é a tendência mundial do downsizing, motores menores rendendo o mesmo (e muitas vezes mais) que motores maiores ao mesmo tempo em que consomem menos combustível, os híbridos que combinam motores elétricos com motores a combustão tradicionais ou que fazem uso do Ciclo de Atkinson, e tecnologias como KERS e freios regenerativos.

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Para atender as normas cada vez mais rígidas para redução da emissão de poluentes, as montadoras lançam mão de modernos propulsores como o dois cilindros 0.9 TwinAir Turbo usado no Fiat Panda que rende 85hp e 14,8 kgfm de torque, com Start&Stop, emissão de menos de 100g de CO2 por quilômetro rodado e consumo de 20km/L. Na cidade. Se você não é uma pessoa muito “antenada” no mundo dos automóveis confundirá facilmente o Fita Panda com o nosso Novo Uno. A carroceria realmente é parecida, mas as semelhanças param por aí.

Não existe um Uno com o propulsor 1.2 turbo supereconômico como o disponibilizado no velho continente. A versão “ecológica” do Uno é equipada com motor 1.4 de 88 cv e tímidos 12,4 kgfm de torque com uma média de consumo de combustível de inalcançáveis 11,3 km/L com etanol prometida pelo fabricante. E como você deve desconfiar a segurança (um dos focos deste artigo) é vergonhosamente inferior ao modelo italiano que obteve 4 estrelas nos testes do Euro NCAP, enquanto o brasileiro obteve apenas 1, com o boneco de testes quase saindo pela janela.

Retomando o assunto segurança e relacionando agora com eficiência energética, existe algo que muito me incomoda no mercado nacional. Ao contrário do que acontece na Europa, no Brasil é muito raro (pra não dizer impossível) que se encontre um automóvel que ofereça o pacote de segurança (ESP, ABS, múltiplos airbags) como algo que é essencial e não como se fosse um luxo. E atualmente é. É luxo ter um carro seguro. No Fiat 500 sai por mais de R$ 50 mil, pois é opcional nas versões mais caras. No New Fiesta sai por pelo menos R$ 51.490,00, também nas versões topo de linha. E esses são os modelos mais baratos com esses itens de segurança, encontrados no Brasil.

Por que não oferecer a devida segurança desde os modelos de entrada? Também nos carros populares? A mesma situação dos equipamentos de segurança é encontrada nos propulsores. O Fiat Punto equipado com motor 1.4 T-Jet sai por mais de R$ 55 mil e tem a proposta de ser um carro esportivo, mas oferece poucos equipamentos de segurança. O Smart Fortwo Coupe 1.0 turbo que não tem intensão nenhuma de ser esportivo, pelo contrário, é um carro para uso urbano, é vendido a partir de caríssimos R$ 68.500,00 com 4 airbags, ESP, ABS, entre outros.

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Para quem têm condições de comprar um Audi A1, boas notícias. Com um bom conjunto mecânico alemão, o pequeno Premium conta com propulsor TFSI 1.4 com turbo e injeção direta que rende 122 cv e torque de 20,4 kgfm e todos os itens de segurança exigidos nos mercados internacionais. De visual limpo, sem apelo esportivo, mas com muita classe e com boa relação consumo-desempenho é um exemplo a ser seguido no que diz respeito à eficiência energética e segurança, apesar de existir em outros mercados versões mais econômicas com motores menores, também com turbo compressor e injeção direta. O ponto negativo é o preço de quase R$ 80.000 no mercado nacional, que apesar da redução em função do Inovar-Auto ainda é altíssimo pra grande maioria dos consumidores.

O ponto é que, raramente as montadoras oferecem um conjunto mecânico moderno e eficiente (veja que em nenhum momento falei em alto desempenho e esportividade) aliado a uma segurança de alto padrão, e quando oferecem cobram muito por isso. Enquanto temos que engolir (e vamos engolindo há anos) a versão de terceiro mundo do Volkswagen Polo (Gol), do Fiat Panda (Uno), do Fiat Punto (Palio), sem falar nos modelos globais que são depenados ao serem trazidos pra cá justamente onde poderiam se diferenciar: conjunto mecânico e itens de segurança, tudo em nome da redução de custos e manutenção da maior margem de lucro que o consumidor aceite pagar.

Resumindo: o consumidor está num beco sem saída, sem luz no fim do túnel e com um trem vindo em sua direção enquanto dirige um popular inseguro e ineficiente, que provavelmente irá capotar enquanto tenta fugir.

Por Murilo Gonzalez Balbo.

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Muito bom o texto, e infelizmente é a realidade em que vivemos, sem pretensão de melhoria.

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Lembro que a renault soltava todos os clios (desde o básico), com air-bag, e muitos vinham com ABS, mas brasileiro quer mesmo é celta e gol, mesmo que tenha um punhal no volante.

 

Alguem acha q essa lei vai "penalizar" as montadoras??? Tá ficando feio para a imagem delas lá fora o carro brasileiro ser mortal. E com essa lei, o carro de 30mil passa fácil os 36mil. Afinal de contas, brasileiro gosta mesmo é de estrume.

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Para isso ai não serve pra nada, tudo inutil!

Se a Ruinday tirou o ESP do Sloowwwosterr e pq não Cervi di nada! Ou cê acha que a melhor do melhor do MUNDO iria tirar isso apenas pra lucrar?

 

 

 

 

 

[^]:banghead :banghead

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Para isso ai não serve pra nada, tudo inutil!

Se a Ruinday tirou o ESP do Sloowwwosterr e pq não Cervi di nada! Ou cê acha que a melhor do melhor do MUNDO iria tirar isso apenas pra lucrar?

 

 

 

 

 

[^]:banghead :banghead

 

Foi tirado porque o Lentoster não consegue atingir altas velocidades onde o ESP entraria em ação.. :vts :vts :vts

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Foi tirado porque o Lentoster não consegue atingir altas velocidades onde o ESP entraria em ação.. :vts :vts :vts

O Veloster não anda, ele desfila. :vts

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Lembro que a renault soltava todos os clios (desde o básico), com air-bag, e muitos vinham com ABS, mas brasileiro quer mesmo é celta e gol, mesmo que tenha um punhal no volante.

 

Alguem acha q essa lei vai "penalizar" as montadoras??? Tá ficando feio para a imagem delas lá fora o carro brasileiro ser mortal. E com essa lei, o carro de 30mil passa fácil os 36mil. Afinal de contas, brasileiro gosta mesmo é de estrume.

 

Sim, eu tive um ano 2001 (tá na galeria inclusive)...

Não só a segurança é melhor que os atuais, como o acabamento também era...

 

Quanto ao texto, valeu aí quem gostou, o pessoal do blog elogiou quando eu enviei, e os leitores parecem ter aprovado também.

Próximo fim de semana se tiver algum assunto me tirando do sério escrevo de novo rs.

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na epoca em que começou os carros flex, simplesmente desmereciam o carro poe não ser flex, pois "ninguem" procurava mais por carros monofuel....agora vai ser com carros sem airbag e abs

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