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rick demolidor

Família Fire vai para Oficina

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Família Fire vai para Oficina

 

 

Velho conhecido do reparador, nem todos os motores são perfeitos

 

 

(10-08-2010) – Para facilitar a vida do reparador e desvendar o “caminho das pedras” para aprovação na linha de inspeção veicular, mostraremos três casos distintos de automóveis com motor Fire que necessitaram de profunda intervenção mecânica. Os escolhidos foram o Dobló 1.3l 16v 2007 a gasolina, Palio 1.3l 8v Flex 2006, que necessitou de retífica completa do motor aos 35 mil km rodados, e um Uno 1.0l 8v Flex 2007 com 57 mil km rodados que para ser aprovado na inspeção recebeu um verdadeiro “banho de loja”.

 

Os veículos produzidos pela Fiat e equipados com motor Fire podem parecer um modelo ‘batido’ na oficina, ou seja, o qual todos estão ‘carecas’ de trabalhar, mas com as exigências e valores mais rígidos da inspeção veicular 2010 na cidade de São Paulo, alguns reparadores estão perdendo o sono para fazê-los ser aprovados.

 

“Até 2009 era relativamente fácil fazer os veículos da Fiat com motor Fire passarem no teste, com algumas exceções, mas este ano a coisa ficou ainda mais difícil”, comenta o conselheiro editorial Amauri Cebrian Domingues Gimenes proprietário da Vicam Centro Técnico Automotivo, o qual possui como um dos principais clientes uma empresa detentora de cinco Fiat Dobló 1.3l 16v a gasolina ano 2007.

 

Os veículos que, ano passado, quase lhe renderam noites de insônia, necessitarão em breve de uma nova análise, porém, em uma faixa muito mais estreita. Amauri arrisca dizer que “este ano mesmo os veículos estando saudáveis e sem apresentar sinais de desgaste excessivo, provavelmente o meu cliente tenha que autorizar a refazer o motor de todos, visto estarem com quilometragem superior a 200 mil km, o que dificulta em muito o enquadramento aos novos valores para aprovação”.

 

Dobló 1.3l 16v gasolina 2007 (220 mil km rodados)

 

 

Para início de diagnóstico foram trocados os seguintes itens: velas, cabos e bobina de ignição, óleo de motor original Selenia Performer 10W40 SJ num total de 2,7 litros com a troca do filtro, filtro de combustível, limpeza dos bicos e leitura e eliminação de avarias gravadas na memória da injeção. Após as intervenções o veículo apresentou 1,5% de CO (ainda fora do limite) e 500 PPM de HC. Após consultar o manual de reparos, foi descoberto que a pressão de alimentação não deveria ultrapassar os 3,5 Bar quando em marcha lenta, sendo que o manômetro de aferição registrou 3,9 Bar. Após trocar o regulador de pressão por um original Fiat de 3,5 Bar, a pressão de linha continuou no mesmo valor. Para resolver o problema uma adaptação foi necessária, sendo colocado no local o regulador de pressão da família Gol, de 3 Bar. Após funcionar o veículo a pressão na linha ficou estabilizada em 3,4 Bar, e ao andar com o veículo foi sentido expressiva melhora, principalmente nas saídas de farol.

 

 

Após esta etapa foi aplicado produto descarbonizante para cabeçote e cilindro, além de flushing para o motor, o que resultou em um índice ligeiramente menor de 1,35% de CO e 165 de HC. Por último foi instalado um novo catalisador, que para a surpresa de todos não conseguiu reduzir os índices de poluentes. Dica: Após instalar um novo catalisador é recomendado andar alguns quilômetros para ativação da peça. Neste período, vale esticar mais as marchas e exigir do motor, justamente para que a temperatura dos gases de escapamento permaneça mais elevada e acelere a reação interna.

 

Nesse instante, todos na oficina não sabiam mais o que fazer. Tudo indicava que o motor necessitaria ser aberto para retífica, pois CO alto é resultante principalmente da alta circulação dos vapores do carter (blow by) e consumo de óleo através dos cilindros (por anéis e guias de válvulas em más condições). Como experimento o óleo Selenia 10W40 cedeu lugar ao óleo do tipo “alta quilometragem” de viscosidade 25W60. Após instalar a sonda do analisador, os níveis de CO permaneceram em incríveis 0,01% (em marcha lenta) e 0,02% a 2.500 rpm.

 

Isso deixa a lição que o motor em breve necessitará de retífica completa, pois a contaminação e consumo de óleo nos cilindros estava ocorrendo, mesmo sendo invisível a olho nu através da saída de escapamento.

 

Observação: havia uma trinca na região da rosca onde a sonda lambda é aparafusada, o que gerava fuga dos gases de escape e alteração no item “diluição” do analisador de gases. A avaria foi solucionada após aplicação de solda.

 

Transmissão

 

A caixa de marchas manual de cinco velocidades à frente mais a marcha à ré deste mesmo veículo apresentou um problema curioso. Devido o aperto excessivo no parafuso allen que fixa a engrenagem do sensor marcador de velocidade e odômetro do painel, localizado junto do diferencial, a carcaça interna não suportou o excesso de torque e quebrou, ocasionando o desalinhamento da peça e a posterior destruição. O desalinhamento ocasionou também o impacto com o eixo das engrenagens satélites, que trabalhou desalinhado, as danificando também.

 

Palio 1.3l 8v Flex 2006 (35 mil km rodados)

 

Alguns proprietários de veículos possuem a falsa ideia que um motor que anda em baixos regimes de rotação irá durar por longos anos e altas quilometragens. Aqui temos um belo exemplo desta característica de utilização. O proprietário reside na cidade de Campinas e utilizou o Palio na maioria das vezes para levar os netos à escola, ir a supermercados e trajetos inferiores a cinco quilômetros de distância.

 

Esta condição de trabalho pode ser considerada como uma das piores para os atuais motores, pois a injeção entra em estratégia de fase fria enriquecendo a mistura, que contaminará o óleo lubrificante rapidamente. Devido o motor ser desligado momentos após conseguir atingir a temperatura ideal de funcionamento (após o acionamento do eletroventilador do radiador por pelo menos duas vezes), ou desligado até antes disso, o desgaste interno fica acentuado. Devemos lembrar que para esse tipo de uso a gasolina leva vantagem perante o álcool, pois a ECU reconhece o combustível e naturalmente trabalhará com menor quantidade injetada.

 

O agravante para a “morte do motor aos 35 mil km rodados” foi o esquecimento da troca do óleo lubrificante no prazo correto de 5 mil km ou seis meses, por cerca de três vezes, que ficou excessivamente contaminado com resíduos da queima do álcool, assim como a umidade contida no combustível vegetal. Pode-se dizer que na 1ª partida pela manhã o pescador captava uma considerável quantidade de água decantada no fundo do carter nos primeiros giros. Lembre-se que este motor utiliza ‘apenas’ 2,7 litros de óleo lubrificante, quantidade esta facilmente contaminável por agentes externos.

 

O serviço de retífica no bloco e cabeçote foi necessário, assim como a troca de todos os componentes móveis (anéis, bronzinas, pistões, comando de válvulas, bomba de óleo, bomba d’água, etc).

 

Obs: devido o motor Fire não possuir chaveta para fixação e travamento entre a polia superior e o comando de válvulas, é necessária a utilização de ferramental específico para o sincronismo, que inclui relógio comparador, chapa para travamento do comando (pela parte traseira), e barra em “Y” para a trava da polia.

 

Muitos reparadores antes de trocar a correia dentada ou desmontar o motor fazem uma marcação entre a polia, comando e cabeçote, no intuito de obter uma referência no momento da montagem, mas que segundo os proprietários da oficina Design e conselheiros André Bernardo e Carlos Bernardo, “nunca fica bom, deixando a marcha lenta irregular e alterando o valor de depressão (vácuo) do motor, que poderá gerar valores irreais ao sensor MAP”.

 

Uno 1.0l 8v Flex 2007 (57 mil km rodados)

 

Este veículo mobilizou a todos os reparadores do Grupo Sahara e o gerente conselheiro Alex Viana, que após testar uma enorme lista de itens, deu muito trabalho para ser aprovado na inspeção de 2010.

 

O proprietário do veículo o havia levado em outras oficinas as quais não conseguiram evitar a reprovação por três vezes consecutivas.

 

A primeira tarefa foi a de analisar os gases, que estavam em 1,5% de CO (limite de 0,3%) e 190 PPM de HC (limite de 100 PPM). A primeira providência foi à troca da bobina de ignição, cabos, velas, óleo de motor Selenia K Pure Energy 5W30 num total de 2,7 litros incluindo o filtro. Em seguida o teste de pressão de linha foi feito, que a exemplo do Dobló também estava acima de 3,5 Bar. Novamente o regulador de 3 Bar da família Gol teve de ser aplicado, pois o original de 3,5 Bar não surtiu efeito satisfatório e novos bicos injetores foram instalados. Foram conferidos também a eletroválvula do cânister e partida a frio, que poderiam permitir a passagem de vapores e combustível respectivamente, prejudicando os níveis de emissões, mas que não vieram ao caso, pois ambos estavam com 100% de eficiência e estanqueidade. Após as intervenções o CO abaixou para 0,8% e o HC para 30 PPM. Foi conferido o ponto do motor com ferramental apropriado, sensores e instalado o catalisador de outro veículo o qual havia sido aprovado na inspeção, mas sem surtir grande efeito. Como o sensor MAP acusava um valor acima do ideal, foi aplicado produto descarbonizante. Como as emissões não baixaram o suficiente, o cabeçote foi removido e levado para retífica, que alegou mau assentamento das válvulas em dois dos quatro cilindros. Após montá-lo, os valores de HC ficaram dentro dos 100 PPM, porém o CO insistia em permanecer em 0,5%. Neste instante o óleo de motor Selenia foi substituído por um do tipo “alta quilometragem”, o qual não surtiu melhora significativa.

 

Como última solução o ajuste forçado (A/F) da gasolina teve de ser escolhido, mesmo com álcool em maior proporção no tanque. Assim os valores de CO caíram para 0,01% e o HC para 23 PPM e o ajuste foi mantido até a obtenção da aprovação.

 

Texto: Arthur Rossetti/ Oficina Brasil Fonte: Webmotors

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Cara, a inspeção em SP é fodinha, hein?

 

 

Mais Ou menos ....

 

o meu velho motor GM 1.nada Mpfi passou tranquilo na inspeção ... já beirando os 100k kilometros ... só precisei mesmo trocar o abafador traseiro pq ele tava furado pra não dizer podre.

 

Só pra exemplificar os dados ...

 

Lenta 950rpm .... CO2 Max 1,00% ... deu 0,48 e 0,61 em 2500RPM

HCC máxima =700 deu 250 em 950rpm e 126 em 2500rpm ....

Fator Diluição Max 2,5 ..... em 950rpm deu 1,05 e 1,00 em 2500rpm

 

 

Ahhh e o Catalisador é Original de Fábrica ... desde 0km ele tá lá .....

 

Muitos dos agravantes na inspeção é o que está no tanque .... Gasolina batizada já fo*** tudo ....

 

 

A inspeção não demorou mais que 10min ..... pelo menos a organização não tenho o que reclamar.... só que pra quem tem uma pimenta a mais no motor já é mais complicado de passar ....

 

 

Ahhh e já passei com o Velho AP 1.8 carburado a gasolina também .... não tou com os dados aqui .... mas o que ficou mais apertado foi o HCC ... o restante passou tranquilo ...

 

EDIT ... o Palio ali fundiu com 35k tb pq ... poatz esquecer de trocar o òleo por 3x também quer o q?? ....

 

E outra coisa ... os limites variam de acordo com o ano do carro e o combustivel também. or exemplo se fossem nos limites do Uno o corsa não passava .... mas o Uno é 5 anos mais novo que o meu e é flex ....

Editado por Mck-Mitsuo

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Meu Gol 1000 96 passou na boa, mesmo com a bomba de combustivel fraca. Escape novo apenas e uma pequena diminuição da pressão de combustivel e Ja era. Alias esses casos não são unicos, muitos Fiats não estão passando por que a fabrica fazia carros que quando novos "driblavam" os niveis de emissões e rapidamente poluiam mais do que o permitido por lei. Me lembro de ter lido uma materia na revista Oficina mecanica de alguns anos atras e que a Fiat estava sendo processada pelo governo por causa disso.

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Meu Gol 1000 96 passou na boa, mesmo com a bomba de combustivel fraca. Escape novo apenas e uma pequena diminuição da pressão de combustivel e Ja era. Alias esses casos não são unicos, muitos Fiats não estão passando por que a fabrica fazia carros que quando novos "driblavam" os niveis de emissões e rapidamente poluiam mais do que o permitido por lei. Me lembro de ter lido uma materia na revista Oficina mecanica de alguns anos atras e que a Fiat estava sendo processada pelo governo por causa disso.

 

 

a Fiat fez um puta cambalacho com os motores do Mille EP em 1996 , apresentou um motor "enforcado" pra homologação e na linha de montagem era "outro" motor que não atendia as exigências de emissões .

 

Tomou uma baita multa na época !

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Outra coisa .... nenhum deles precisei fazer esses cambalachos pra passar na Inspeção ....

 

Só do Corsa que troquei o abafador pq não passava na inspeção visual (Não pode estar furado ou com indices de corrosão avançados)... o óleo tava na meia vida dele, catalisador originebas ...

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Cara, a inspeção em SP é fodinha, hein?

Qualquer motor decente (mesmo que tenha mais de 30 anos, como você gosta de citar de alguns) passa fácil se a manutenção tiver em dia.

 

Já tive amigos com carro de 150 mil km e motor original que passaram tranquilo. E não precisaram fazer nada no carro para passar...

 

Amigo meu tem uma montana turbo, foi só botar o catalisador de volta e passou tranquilo...

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Qualquer motor decente (mesmo que tenha mais de 30 anos, como você gosta de citar de alguns) passa fácil se a manutenção tiver em dia.

 

Já tive amigos com carro de 150 mil km e motor original que passaram tranquilo. E não precisaram fazer nada no carro para passar...

 

Amigo meu tem uma montana turbo, foi só botar o catalisador de volta e passou tranquilo...

 

Hahahah falando nisso .... se for pensar ... só levei velharia pra fazer a inspeção e passei de boa ...

GM Familia I e AP ... hahahha (Ap foram 2) levei uma outra parati surf 1.8 também pra fazer e foi di buenas também.

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Tenho um Palio Fire 2003/2004 que está com 56.700km e estou ouvindo um leve assovio do motor...no passado tive um Palio 1997 que apresentou esse problema devido ao vazamento de óleo da caixa de câmbio o que foi resolvido ao completar o óleo de câmbio, na situação atual porém, o mecânico verificou que o nível do óleo está ok, inclusive vazando pelo bujão ao ser aberto(o que ahei estranho)e o diagnóstico então passou para a embreagem...o que vc acha ?

 

Obrigado.

 

Dabreu

 

 

Família Fire vai para Oficina

 

 

Velho conhecido do reparador, nem todos os motores são perfeitos

 

 

(10-08-2010) – Para facilitar a vida do reparador e desvendar o “caminho das pedras” para aprovação na linha de inspeção veicular, mostraremos três casos distintos de automóveis com motor Fire que necessitaram de profunda intervenção mecânica. Os escolhidos foram o Dobló 1.3l 16v 2007 a gasolina, Palio 1.3l 8v Flex 2006, que necessitou de retífica completa do motor aos 35 mil km rodados, e um Uno 1.0l 8v Flex 2007 com 57 mil km rodados que para ser aprovado na inspeção recebeu um verdadeiro “banho de loja”.

 

Os veículos produzidos pela Fiat e equipados com motor Fire podem parecer um modelo ‘batido’ na oficina, ou seja, o qual todos estão ‘carecas’ de trabalhar, mas com as exigências e valores mais rígidos da inspeção veicular 2010 na cidade de São Paulo, alguns reparadores estão perdendo o sono para fazê-los ser aprovados.

 

“Até 2009 era relativamente fácil fazer os veículos da Fiat com motor Fire passarem no teste, com algumas exceções, mas este ano a coisa ficou ainda mais difícil”, comenta o conselheiro editorial Amauri Cebrian Domingues Gimenes proprietário da Vicam Centro Técnico Automotivo, o qual possui como um dos principais clientes uma empresa detentora de cinco Fiat Dobló 1.3l 16v a gasolina ano 2007.

 

Os veículos que, ano passado, quase lhe renderam noites de insônia, necessitarão em breve de uma nova análise, porém, em uma faixa muito mais estreita. Amauri arrisca dizer que “este ano mesmo os veículos estando saudáveis e sem apresentar sinais de desgaste excessivo, provavelmente o meu cliente tenha que autorizar a refazer o motor de todos, visto estarem com quilometragem superior a 200 mil km, o que dificulta em muito o enquadramento aos novos valores para aprovação”.

 

Dobló 1.3l 16v gasolina 2007 (220 mil km rodados)

 

 

Para início de diagnóstico foram trocados os seguintes itens: velas, cabos e bobina de ignição, óleo de motor original Selenia Performer 10W40 SJ num total de 2,7 litros com a troca do filtro, filtro de combustível, limpeza dos bicos e leitura e eliminação de avarias gravadas na memória da injeção. Após as intervenções o veículo apresentou 1,5% de CO (ainda fora do limite) e 500 PPM de HC. Após consultar o manual de reparos, foi descoberto que a pressão de alimentação não deveria ultrapassar os 3,5 Bar quando em marcha lenta, sendo que o manômetro de aferição registrou 3,9 Bar. Após trocar o regulador de pressão por um original Fiat de 3,5 Bar, a pressão de linha continuou no mesmo valor. Para resolver o problema uma adaptação foi necessária, sendo colocado no local o regulador de pressão da família Gol, de 3 Bar. Após funcionar o veículo a pressão na linha ficou estabilizada em 3,4 Bar, e ao andar com o veículo foi sentido expressiva melhora, principalmente nas saídas de farol.

 

 

Após esta etapa foi aplicado produto descarbonizante para cabeçote e cilindro, além de flushing para o motor, o que resultou em um índice ligeiramente menor de 1,35% de CO e 165 de HC. Por último foi instalado um novo catalisador, que para a surpresa de todos não conseguiu reduzir os índices de poluentes. Dica: Após instalar um novo catalisador é recomendado andar alguns quilômetros para ativação da peça. Neste período, vale esticar mais as marchas e exigir do motor, justamente para que a temperatura dos gases de escapamento permaneça mais elevada e acelere a reação interna.

 

Nesse instante, todos na oficina não sabiam mais o que fazer. Tudo indicava que o motor necessitaria ser aberto para retífica, pois CO alto é resultante principalmente da alta circulação dos vapores do carter (blow by) e consumo de óleo através dos cilindros (por anéis e guias de válvulas em más condições). Como experimento o óleo Selenia 10W40 cedeu lugar ao óleo do tipo “alta quilometragem” de viscosidade 25W60. Após instalar a sonda do analisador, os níveis de CO permaneceram em incríveis 0,01% (em marcha lenta) e 0,02% a 2.500 rpm.

 

Isso deixa a lição que o motor em breve necessitará de retífica completa, pois a contaminação e consumo de óleo nos cilindros estava ocorrendo, mesmo sendo invisível a olho nu através da saída de escapamento.

 

Observação: havia uma trinca na região da rosca onde a sonda lambda é aparafusada, o que gerava fuga dos gases de escape e alteração no item “diluição” do analisador de gases. A avaria foi solucionada após aplicação de solda.

 

Transmissão

 

A caixa de marchas manual de cinco velocidades à frente mais a marcha à ré deste mesmo veículo apresentou um problema curioso. Devido o aperto excessivo no parafuso allen que fixa a engrenagem do sensor marcador de velocidade e odômetro do painel, localizado junto do diferencial, a carcaça interna não suportou o excesso de torque e quebrou, ocasionando o desalinhamento da peça e a posterior destruição. O desalinhamento ocasionou também o impacto com o eixo das engrenagens satélites, que trabalhou desalinhado, as danificando também.

 

Palio 1.3l 8v Flex 2006 (35 mil km rodados)

 

Alguns proprietários de veículos possuem a falsa ideia que um motor que anda em baixos regimes de rotação irá durar por longos anos e altas quilometragens. Aqui temos um belo exemplo desta característica de utilização. O proprietário reside na cidade de Campinas e utilizou o Palio na maioria das vezes para levar os netos à escola, ir a supermercados e trajetos inferiores a cinco quilômetros de distância.

 

Esta condição de trabalho pode ser considerada como uma das piores para os atuais motores, pois a injeção entra em estratégia de fase fria enriquecendo a mistura, que contaminará o óleo lubrificante rapidamente. Devido o motor ser desligado momentos após conseguir atingir a temperatura ideal de funcionamento (após o acionamento do eletroventilador do radiador por pelo menos duas vezes), ou desligado até antes disso, o desgaste interno fica acentuado. Devemos lembrar que para esse tipo de uso a gasolina leva vantagem perante o álcool, pois a ECU reconhece o combustível e naturalmente trabalhará com menor quantidade injetada.

 

O agravante para a “morte do motor aos 35 mil km rodados” foi o esquecimento da troca do óleo lubrificante no prazo correto de 5 mil km ou seis meses, por cerca de três vezes, que ficou excessivamente contaminado com resíduos da queima do álcool, assim como a umidade contida no combustível vegetal. Pode-se dizer que na 1ª partida pela manhã o pescador captava uma considerável quantidade de água decantada no fundo do carter nos primeiros giros. Lembre-se que este motor utiliza ‘apenas’ 2,7 litros de óleo lubrificante, quantidade esta facilmente contaminável por agentes externos.

 

O serviço de retífica no bloco e cabeçote foi necessário, assim como a troca de todos os componentes móveis (anéis, bronzinas, pistões, comando de válvulas, bomba de óleo, bomba d’água, etc).

 

Obs: devido o motor Fire não possuir chaveta para fixação e travamento entre a polia superior e o comando de válvulas, é necessária a utilização de ferramental específico para o sincronismo, que inclui relógio comparador, chapa para travamento do comando (pela parte traseira), e barra em “Y” para a trava da polia.

 

Muitos reparadores antes de trocar a correia dentada ou desmontar o motor fazem uma marcação entre a polia, comando e cabeçote, no intuito de obter uma referência no momento da montagem, mas que segundo os proprietários da oficina Design e conselheiros André Bernardo e Carlos Bernardo, “nunca fica bom, deixando a marcha lenta irregular e alterando o valor de depressão (vácuo) do motor, que poderá gerar valores irreais ao sensor MAP”.

 

Uno 1.0l 8v Flex 2007 (57 mil km rodados)

 

Este veículo mobilizou a todos os reparadores do Grupo Sahara e o gerente conselheiro Alex Viana, que após testar uma enorme lista de itens, deu muito trabalho para ser aprovado na inspeção de 2010.

 

O proprietário do veículo o havia levado em outras oficinas as quais não conseguiram evitar a reprovação por três vezes consecutivas.

 

A primeira tarefa foi a de analisar os gases, que estavam em 1,5% de CO (limite de 0,3%) e 190 PPM de HC (limite de 100 PPM). A primeira providência foi à troca da bobina de ignição, cabos, velas, óleo de motor Selenia K Pure Energy 5W30 num total de 2,7 litros incluindo o filtro. Em seguida o teste de pressão de linha foi feito, que a exemplo do Dobló também estava acima de 3,5 Bar. Novamente o regulador de 3 Bar da família Gol teve de ser aplicado, pois o original de 3,5 Bar não surtiu efeito satisfatório e novos bicos injetores foram instalados. Foram conferidos também a eletroválvula do cânister e partida a frio, que poderiam permitir a passagem de vapores e combustível respectivamente, prejudicando os níveis de emissões, mas que não vieram ao caso, pois ambos estavam com 100% de eficiência e estanqueidade. Após as intervenções o CO abaixou para 0,8% e o HC para 30 PPM. Foi conferido o ponto do motor com ferramental apropriado, sensores e instalado o catalisador de outro veículo o qual havia sido aprovado na inspeção, mas sem surtir grande efeito. Como o sensor MAP acusava um valor acima do ideal, foi aplicado produto descarbonizante. Como as emissões não baixaram o suficiente, o cabeçote foi removido e levado para retífica, que alegou mau assentamento das válvulas em dois dos quatro cilindros. Após montá-lo, os valores de HC ficaram dentro dos 100 PPM, porém o CO insistia em permanecer em 0,5%. Neste instante o óleo de motor Selenia foi substituído por um do tipo “alta quilometragem”, o qual não surtiu melhora significativa.

 

Como última solução o ajuste forçado (A/F) da gasolina teve de ser escolhido, mesmo com álcool em maior proporção no tanque. Assim os valores de CO caíram para 0,01% e o HC para 23 PPM e o ajuste foi mantido até a obtenção da aprovação.

 

Texto: Arthur Rossetti/ Oficina Brasil Fonte: Webmotors

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Vou ficar esperto no meu Clio que rodo 1km por dia. Melhor abastecer só com gasolina e trocar o óleo com mais frequência.

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