[FullPower] 8 carros “fora de série” brasileiros de gosto duvidoso

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Entre as décadas de 1950 e início de 1990 com as importações proibidas pelo Governo, ter um esportivo ou um carro de luxo nos padrões europeus era uma coisa impensável. Mas o brasileiro encontrou uma forma de ter uma caranga diferente na garagem. Com muita fibra de vidro e, na maioria das vezes utilizando plataforma e mecânica VW, foram surgindo os “fora de série”. Nessa época diversos carros acabaram se tornando ícones como Puma, Santa Matilde, Miura, Bianco. Mas também surgiram carros estranhos. Separamos alguns deles nesta lista:

1 – Cintra 959

Em 1988, o designer de automóveis Anísio Campos criou uma escola para jovens projetistas, e em um concurso pediu a seus alunos que promovessem alterações no desenho do Fusca. Um dos alunos era André Cintra, que na época tinha 15 anos. Apaixonado por Porsches, ele teve a ideia de transformar o Fusca em um 959. Aos 19 anos André decidiu comprar um Fusca 1985 para servir de cobaia. Fez vários experimentos com massa e fibra de vidro durante mais de um ano até que os moldes ficassem prontos. O Cintra 959 era feito artesanalmente com os recursos da época. A carroceria era composta por três peças de fibra coladas sobre a estrutura que sobrou do Fusca. A lanterna traseira era original de Porsche 911, enquanto as rodas eram réplicas das famosas Fuchs de 911 com tala bem larga. O interior recebia apenas bancos Recaro de couro e o motor era 1.8 turbo. Foram fabricados apenas três exemplares.

2 – PAG Dacon

Foto: Quatro Rodas

Essa réplica do Porsche 928 feita pela Dacon em 1984 utilizava como base o VW Gol GT 1.8 e, segundo publicações de época, o deslocamento do motor era aumentado para 2100cc. O carro foi desenvolvido pela Projects d’Avant Garde, de Paulo Aguiar Goulart, e Anísio Campos.

3 – Aurora 122-C

Foto: Quatro Rodas

Projetado pelo engenheiro paulista Oduvaldo Barranco, em Valinhos, SP, o 122-C tinha um chassi próprio e carroceria de fibra de vidro que parece uma mistura de Ferrari F40 com aquele carro do jogo Top Gear do SNES. O motor era o 2.0 derivado do Monza que foi preparado e recebeu uma turbina Garret 357 T3 gerando 214 cv e atingia uma velocidade máxima de 204 km/h. O carro contava com computador de bordo que comandava a climatização interna, horário e temperatura ambiente, além de controlar os vidros e espelhos elétricos.  Rodas de liga leve aro 15″ com tala 8″ na dianteira e 10″ na traseira. Cinco unidades foram produzidas no primeiro semestre de 1991, sendo que três delas de corrida.

4 – Maverick Spoiler

O Spoiler era um kit de customização que prometia mudar o visual do Maverick completamente. Consistia um conjunto de fibra de vidro. Os para lamas, capô e para choque dianteiro do Ford eram substituídos por uma peça única, que se você olhar de longe com os olhos meio fechados faz parecer o Ford Falcon do Mad Max. Havia ainda apliques nas janelas, teto solar e lanternas traseiras emprestadas do Monza Hatch.

5 – Passat “Quattro” Sulam

Foto: Quatro Rodas

Hoje em dia já da para trazer um Audi Quattro para o Brasil, mas em meados da década de 80 a unica saída de ter um na garagem era indo até a Sulam. A réplica era feita à partir de um VW Passat duas portas. Eles deixavam a traseira mais reta, toda retrabalhada em fibra de vidro e utilizavam lanternas do Fiat Uno. Os para lamas dianteiros e para choques também eram feitos em fibra. A mecânica era a mesma do Passat, porém a Sulam oferecia uma preparação que consistia em um virabrequim e pistões novos deixando o motor 2.0, que segundo a Sulam atingia a potência de 122 CV a 5.400 rpm e torque de 17,9 mkfg a 3.800 rpm. A Sulam ainda oferecia uma série de opcionais como: pintura especial, teto solar, freios redimensionados, amortecedores à gás, interior com bancos de couro ou veludo, rodas e pneus especiais.

6 – Monza Adamo

A Adamo ficou conhecida por criar esportivos fora de série nos anos 80 com chassis e mecânica VW, e em 1988 eles lançaram um kit de personalização do para deixar o Chevrolet Monza parecido com o Chrysler LeBaron. Composto com uma nova grade, pára-choques, capô, para lamas dianteiros e spoiler traseiro moldados em fibra, e capas que escondem os faróis. Diversos modelos da Adamo continuaram sendo produzidos em pequenas quantidades, sob encomenda, até 1990. E o Monza é um dos mais raros.

7 – Ford Corcel Conversível

Antes dos Kadett e Escort conversíveis serem lançados, o único jeito de andar de conversível era assim, tirando o teto na marra. A Sonnervig, concessionária Ford de São Paulo transformava o Corcel II, mas eles faziam um trampo bem feito (para a época). O carro tinha reforço no monobloco. O motor não sofria modificação, e as rodas eram do Corcel II GT.

 

8 – Topazzio

O Topazzio nasceu sobre a plataforma da Ford Pampa. O seu maior diferencial era essa mistura estranha de utilitário com esportivo. Uma bolha de vidro cobria a caçamba traseira e transformava ele em um “cupê”. O interior era luxuoso com bancos em couro, dois pequenos bancos traseiros removíveis. Mas o diferencial era o painel eletrônico sem ponteiros, todo em leds. O motor, o mesmo da Ford Pampa, vinha equipado com turbo.

 

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Esse Monza Adamo tinha aqui na cidade! Na época era bacana