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[4r]Opinião: o que realmente pode ser considerado luxuoso nos carros atuais?

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O tema da vez entre profissionais de design, arquitetura e moda são as novas formas de se interpretar o que é luxo. Sofisticação, brilho em excesso e ostentação deixam de ser reconhecidos dentro das definições do chamado luxo discreto ou invisível. Agora, o que vale são as experiências: sensações, emoções e identificação das pessoas com objetos, lugares e estilos.

Essas definições são por vezes abstratas demais. Quando se fala de arquitetura, as novas regras dizem que é melhor ter um móvel com imperfeições causadas pelo uso, que contam uma história, do que um material perfeitamente polido. Em relação à moda, prefira uma roupa básica, que vai bem melhor do que um modelo feito para chamar a atenção nas redes sociais. O pessoal da moda não abre mão da qualidade dos materiais e nem dos cortes de alfaiataria. Mas preconizam cores discretas e etiquetas ocultas.

Pensando nos automóveis, chego à conclusão de que carros podem satisfazer tanto as pessoas que identificam o luxo como algo para ostentar quanto as que adotam os novos conceitos. Vejamos, uma Ferrari, qualquer uma: esse tipo de carro pode proporcionar status e também experiências das mais profundas a seus proprietários, seja acelerando na pista ou simplesmente parada, na garagem, apenas exibindo suas linhas e seus componentes.

Falei Ferrari porque considero os carros dessa marca os mais capazes de traduzir os dois conceitos de luxo das duas formas, antiga e nova. Mas todo carro se encaixa em qualquer uma das duas definições. Quem determina o significado do carro é seu proprietário e a forma como se relaciona com ele.

Um Fusca pode ser o veículo mais luxuoso de todos para seu proprietário, que não o vende por dinheiro nenhum deste mundo. E o que dizer de um Rolls-Royce, um dos carros mais luxuosos da história? Pelos critérios que estão caindo em desuso, um carro assim pode ser considerado fora de moda. Mas quem diz que ele não atende os novos conceitos, se, apesar de ter materiais nobres e reluzentes, ele traz toda a história da marca centenária incorporada, e é capaz de proporcionar uma experiência única de desempenho e conforto a quem tiver o privilégio de dirigi-lo?

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Opinião LuxoComprados por status, esportivos terminam abandonadosFabio Paiva / Midjourney/Quatro Rodas

No início dos anos 2000, conheci um comerciante de carros em Irvine, na Califórnia, Estados Unidos, que era especializado em Ferrari. E ele me contou que mantinha seu negócio a pleno vapor, comprando, restaurando e vendendo Ferrari para colecionadores do Japão, principalmente, naquela época, graças às pessoas que compravam Ferrari pensando apenas no status que esses carros vermelhos conferiam a seus proprietários. Segundo ele, esse tipo de cliente adquiria seus carros para exibir, mas logo se aborreciam com a falta de espaço, a suspensão dura, o volante pesado, ou porque faziam comparações com outros modelos mais caros ou na moda, e logo abandonavam seus esportivos nas garagens.

O comerciante, não me lembro o nome dele, sabia até onde procurar essas Ferrari abandonadas, encontradas principalmente em Beverly Hills, cidade no condado de Los Angeles, onde vivem os magnatas e as celebridades de Hollywood, como ele me contou. Em outras cidades como Monterey, mais ao norte, e Long Beach, mais ao sul, de acordo com o comerciante, as oportunidades de negócio eram mais raras, porque nessas localidades as pessoas compravam Ferrari porque gostavam de carros e os usavam por prazer. E, enquanto as de Beverly Hills eram pouco rodadas, as dessas outras paragens, quando encontradas, estavam bastante usadas.

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Seja lá a forma que tiver, o luxo sempre estará ligado à escassez. Ter o que poucos conseguem é o que diferencia o portador desse bem dos demais. E hoje em dia, tempo, tranquilidade para ser “e nada ter que fazer”, como diz a música Capitão da Indústria, dos Paralamas do Sucesso, é o que é mais raro, difícil de conseguir. Talvez daí venha a invisibilidade do luxo. Li no LinkedIn uma frase atribuída ao empresário e influencer americano Justin Welsh que dizia o seguinte: “Hoje, luxo é a capacidade de pensar claramente, dormir profundamente, mover-se lentamente e viver silenciosamente em um mundo projetado para impedir todas essas coisas”.

Jornalista fala sobre diferentes assuntos, reflexões e memórias que considera interessantes para compartilhar com os leitores.<span class="hidden">–</span>Arte/Quatro Rodas
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