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[4r]Citroën Basalt Feel aspirado é o SUV mais barato (e lento) do Brasil

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Este é o SUV mais barato do Brasil e o único do mercado com motor 1.0 aspirado. Falamos sobre o Citroën Basalt Feel, a versão de entrada do modelo, que parte de R$ 91.990 por venda direta, que pode ser feita para pessoas físicas pelo site da marca. Mas, embora seja classificado como um SUV, ele tem jeito de sedã compacto, segmento no qual o Basalt mais deverá brigar. Na prática, ele disputará com os básicos Fiat Cronos Drive, de R$ 98.990; Chevrolet Onix Plus LT, de R$ 105.490; e Hyundai HB20S Comfort Plus, de R$ 103.010.

As boas notícias começam pela aparência do Basalt Feel, muito próxima à das versões mais caras Feel Turbo (R$ 99.990 em venda direta) e Shine (R$ 105.899 em venda direta). As rodas são as mesmas, de 16”, mas com pintura em cinza (na de topo, é diamantada). A dianteira tem frisos cromados ao lado do emblema da Citroën e detalhes em vermelho na base do para-choque, mas não há faróis de neblina, como na Feel Turbo.

O conjunto de iluminação é o mesmo das demais versões, com luzes diurnas de led, mas faróis halógenos de parábola simples. É uma solução barata e eficiente, mas, ao ligar o facho alto, o baixo é desligado e cria-se uma sombra próxima ao carro. Maçanetas são na cor da carroceria, retrovisores são em preto brilhante e há outro detalhe em vermelho na coluna C. Atrás falta a inscrição “Turbo 200” (até porque o motor é aspirado), mas as grandes lanternas com luz de ré apenas na peça da direita permanecem.

Citroën BasaltRodas de 16” e detalhe em vermelho na coluna C são de série; atrás, apenas câmeraFernando Pires/Quatro Rodas

O interior também não denuncia que se está a bordo da versão mais barata do Basalt, já que o painel recebe o mesmo tom dourado na faixa central das demais configurações, e as saídas de ar trazem detalhes cromados. Os bancos têm revestimento de tecido, que, apesar de mais simples, são melhores para o dia a dia, já que são mais macios e agradáveis ao toque. A composição de cores é semelhante à da versão mais cara, que usa material sintético. Também seguem o quadro de instrumentos digital de 7” e a multimídia de 10”, com Apple CarPlay e Android Auto sem fio.

BasaltInterior é quase igual ao da versão de topo; acabamento segue simples (até demais)Fernando Pires/Quatro Rodas
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A principal diferença nota-se nos comandos do ar-condicionado, que é analógico, igual ao da versão Feel Turbo, e não digital como na Shine. Ainda entre os equipamentos há assistente de partida em rampa, quatro airbags, câmera de ré, volante com ajuste de altura, vidros elétricos nas quatro portas, sensor de pressão dos pneus, banco do motorista com ajuste de altura, ESP e retrovisores com ajustes elétricos.

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Para as demais versões, ele perde itens como faróis de neblina, sensores de ré, modo sport, piloto automático e ar digital. Nenhuma versão tem faróis automáticos, chave presencial (em todas, a chave é do tipo canivete) ou auxílios de condução, como frenagem automática de emergência, ACC, alertas de pontos cegos ou assistente de permanência e centralização em faixa. E todas têm apenas quatro airbags. Ou seja, as baixas de equipamentos em relação às versões mais caras são pequenas.

BasaltAr-condicionado é analógico e não tem saídas traseiras, apesar das duas portas USBFernando Pires/Quatro Rodas

Ainda por dentro, o Basalt mantém outro bom atributo, que é o espaço. É possível que pessoas de estatura média (perto de 1,70 metro) viajem com conforto. Caso alguém precise ocupar o assento central, sofrerá com o túnel alto no assoalho.

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Ainda no banco traseiro, há duas portas USB do tipo A, mas os comandos dos vidros foram deslocados para entre os bancos dianteiros, como no C3, o que dificulta o acesso. Isso foi feito para economizar peças móveis das portas e alguns metros de chicotes elétricos. Para as bagagens o espaço é ainda melhor, de 490 litros. É menor do que os 525 l do Cronos, mas maior do que os 469 l do Onix Plus e os 475 l do HB20S.

Basalt<span class="hidden">–</span>Fernando Pires/Quatro Rodas


Economia na compra

Enfim, chega-se ao ponto crítico do Basalt Feel. Diferentemente das demais versões, equipadas com motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, com câmbio automático CVT, a configuração de entrada leva um conjunto (bem) mais modesto.

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Trata-se de um motor 1.0 de três cilindros aspirado de 75/71 cv (etanol/gasolina) de potência e 10,7/10 kgfm (etanol/gasolina) de torque, a tardios 3.250 rpm. O câmbio é sempre manual de cinco marchas, com trocas que poderiam ser mais precisas e uma embreagem um pouco pesada. E essa combinação derruba qualquer possibilidade de bom desempenho. Nos nossos testes, feitos com gasolina, ele levou longos 17,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h – o turbo fez a prova em 9,7 s.

BasaltBancos de tecido são bonitos e confortáveis, e há espaço de sobra no banco traseiroFernando Pires/Quatro Rodas

Rodovias são os piores cenários, onde o Basalt perde o fôlego facilmente e são necessárias constantes reduções de marcha e acelerações com pressão total no acelerador. Mesmo assim, pode ser que a força necessária não venha. Portanto, é bom conhecer os limites e não abusar em ultrapassagens. Por outro lado, é um desempenho satisfatório para uso urbano, maior proposta desse carro.

Já o consumo, com gasolina, não impressiona: as médias foram de 13,2 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada. Isso acontece pela necessidade de se manter o giro do motor mais alto, mesmo durante a condução urbana.

Basalt<span class="hidden">–</span>Fernando Pires/Quatro Rodas
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Mas há outros pontos a serem considerados além da falta de fôlego, como o bom comportamento do modelo. A direção tem peso adequado, sem ser leve demais, e a suspensão tem ajuste exclusivo nesta versão, para compensar o conjunto mecânico mais leve. Ela privilegia o conforto, enfrenta sem problemas a buraqueira cotidiana e não se importa com valetas, já que é alta.

Tudo isso acontece com maciez e sem muito barulho, mas convém não abusar em curvas, onde a carroceria tende a inclinar além do comum. Em velocidades mais elevadas, a carroceria também balança e, caso exista na hora a incidência de ventos laterais, é forte a influência na trajetória do veículo. De novo, ideal para uso urbano.

BasaltPorta-malas leva até 490 l de bagagem, mas motor 1.0 aspirado é fraco para o SUVFernando Pires/Quatro Rodas

Seja um SUV ou um sedã, o Basalt Feel 1.0 aspirado é um bom carro de entrada para quem precisa de espaço, quer economizar na compra e tem uso majoritariamente urbano, sem exigir desempenho. Mas vai além: traz boa lista de equipamentos de série e um visual que não remete a uma versão barata. Serve bem grandes famílias, frotas e motoristas de aplicativo.

Citroën Basalt<span class="hidden">–</span>Fernando Pires/Quatro Rodas
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Veredicto Quatro Rodas

O Basalt Feel serve bem famílias, frotas e motoristas de aplicativo, já que tem bons equipamentos e muito espaço. Mas o motor fraco dá a ele um foco urbano.

Ficha Técnica – Citroën Basalt Feel 1.0

Motor: flex, 3 cil., 999 cm³, 75/71 cv (e/g) a 6.000 rpm, 10,7/10 kgfm (e/g) a 3.250 rpm
Câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: disco vent. (diant.), tambor (tras.)
Pneus: 205/60 R16
Dimensões: compr., 434,3 cm; larg., 182,1 cm; alt., 158,5 cm; entre-eixos, 264,5 cm; peso, 1.120 kg; porta-malas,
490 litros; tanque de combustível, 47 litros

Teste – Citroën Basalt Feel 1.0

Aceleração
0 a 100 km/h 17,9 s
0 a 1.000 m 38,9 s / 133,3 km/h
Velocidade máxima 157 km/h*
Retomadas
40 a 80 km/h em 3ª 9,6 s
60 a 100 km/h em 4ª 16,1 s
80 a 120 km/h em 5ª 35,3 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0 16,4/27,8/60,8 m
Consumo
Urbano 13,2 km/l
Rodoviário 15,2 km/l
Ruído interno
Neutro/RPM máx. 40,3/67,7 dBA
80/120 km/h 62,7/69,2 dBA
Aferição
Velocidade real a 100 km/h 94 km/h
Rotação do motor a 100 km/h 2.900 rpm
Volante 2,7 voltas
SEU Bolso
Preço básico R$91.990
Garantia 3 anos

Condições de teste: alt. 660 m; temp., 35,5 °C; umid. relat., 43%; press., 760 mmHg. Realizado no ZF Campo de Provas

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