[FullPower] Veja como ficou o Opala Diplomata 1992 que já foi do ex-pr

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Isto aqui o Ministério Público Federal não colocou no PowerPoint. O ex-presidente Lula já teve algo no nome dele: um Opala Diplomata 1992. Confira nesta reportagem exclusiva, de 2006, como este Chevrolet foi preparado pelo segundo dono. Direto do Túnel do Tempo da Revista FULLPOWER, edição 54.

Da Redação / Fotos: João Mantovani

Até os dias de hoje é surpreendente a legião de fãs que o bom e velho Opala atrai por todo o País. Para alguns, ele se tornou bem mais do que um modelo que marcou época: virou um membro da família! É o caso deste exemplar ano 1992 do preparador e piloto Rogério “Força” Rascio, da Allen Preparações (Osasco, SP). Pelo seu estado de conservação impecável, o exemplar já seria digno de fazer parte da coleção de qualquer “Opaleiro”de plantão. No entanto, ele tem um currículo curioso: pertenceu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Rogério é sócio-fundador do Clube do Opala, sempre esteve atrás de um exemplar ano 1992 na raríssima cor Prata Niquél. “Com a ajuda do clube, fiquei sabendo que havia um Diplomata prata à venda. Quando olhei o carro fiquei louco e fechei negócio na hora! No documento, sou segundo dono. Antes de mim, apenas o ex-presidente”, declara Rascio.

Mas nem com todos esses adjetivos Rogério conseguiu manter a integridade do Chevy e deixou a caranga com a sua cara. As primeiras mudanças apareceram na forração dos bancos, que recebeu couro duas cores, deixando o interior do clássico ainda mais requintado. Instrumentos Auto Meter foram adaptados para monitorar o funcionamento do motor. Por fora, apenas a mudança das rodas por um jogo cromado, vindo do seu sucessor, o Omega CD.

As grandes alterações estão na parte mecânica: o seis cilindros 4.1 incorporou uma preparação especial, elevando a potência para cerca de 250 cv. Durante esse trabalho, a equipe da Allen aproveitou para dar um talento visual no cofre do motor.

O Diplomata ganhou todo esse poder graças a uma preparação leve: “Gosto de sentir a força do seis cilindros empurrando as costas contra o banco. Apesar de sair raramente com o Opalão, resolvi que ele teria um motor de respeito, mesmo que fosse raramente ou ‘quase nunca’ exigido ao máximo”, conta o cara.

Na parte de baixo o motor, pouca coisa mudou: as bielas continuam originais, os pistões foram substituídos por peças de cabeça plana (que contribuíram para elevar a taxa de compressão para 11,5:1) e ainda queimam gasolina, com a ajuda da bobina Accel Super Coil e cabos da mesma marca. O comando foi alterado e, agora, o seis bocas é regido por um Crower de 280° de duração.

As grandes mudanças estão no cabeçote, que teve dutos e ângulos equalizados e a substituição de molas, pratos e tuchos por modelos da Isky. Para alimentar o sedento seis cilindros, foi instalado um coletor de admissão especial que recebeu dois carburadores Weber 40 IDF. Ambos “sugam” o ar pelos filtros K&N, garantindo eficiência e visual esperado. A cara do cofre “acende” com protetor de bateria e de cilindro mestre de freio cromadões e coletor de escape do tipo 6×2 jateado.

Possuir um Opala Diplomata 1992 (o último ano de produção do modelo, quando foi construído o número 1 milhão) que, além de zerado, pertenceu a um ex-presidente do Brasil é algo para poucos, motivo pelo qual seu proprietário tem alguns cuidados especiais com o seu protegido: “Raramente saio com o carro. Burnout, nem pensar! E, de forma alguma, saio com ele em dia de chuva”, relata o colecionador.

 

FICHA TÉCNICA

MOTOR: 6 cilindros em linha, 4.1 válvulas por cilindro, OHV

ALIMENTAÇÃO: Dois carburadores Weber 40, gasolina

POTÊNCIA: 250 cv estimados

TORQUE: 24 kgfm (estimados)

TRANSMISSÃO: Manual, cinco marchas, tração traseira

FREIOS: Dianteira: Discos ventilados / traseira: discos sólidos

PNEUS: 205/60 R15

RODAS: Aro 15″, liga leve

UPGRADE: Comando, escape, filtros esportivos, carburadores, bobina, cabos de vela, cabeçote, pistões, rodas, pneus, suspensão, instrumentos, bancos em couro bicolor

EMPRESA: Allen Preparações (motor)

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