[crônica] Sexta-feira 13

[Eric INFK 5]

Sexta-feira 13: Encontro macabro no estacionamento

 

Leia esta crônica exclusiva sobre um encontro macabro no estacionamento. No dia errado!

 

Texto: Adriana Bernardino

Fotos: criada no site do filme “Grind House”

 

 

(13-04-07) - André notou no estacionamento do prédio um carro que nunca vira, bem ao lado de sua vaga. Um novo morador? Estranho... Às quatro da matina, quando voltou do chope com os amigos, ele não estava. Olhou no celular: 6h32 da manhã.

 

O carro lembrava os modelos fúnebres de sua meninice, sem se parecer com nenhum deles. Misterioso, mas devido ao insulfilm exagerado, era mais sinistro do que aqueles. Diante de carros funerários, o engenheiro vivia um conflito: o desejo de olhar versus o medo que sobreviria em seguida. O desejo vencia, claro. E, depois, o arrependimento. Ver um caixão era, para ele, lembrar-se da brevidade da vida, dos instantes grávidos de morte escorrendo na ampulheta gélida.

 

O engenheiro deu algumas voltas ao redor do próprio carro, como se procurasse um arranhão, mas seu olhar inspecionava o outro. Reparou nos pneus. Inacreditável. Não havia nem sinal de pó, pêlos dos pneus intactos, nada que indicasse que eles tivessem tido qualquer atrito com o solo. Reparou na placa:

 

DF – Divinópolis

DEM – 6596

 

Divinópolis não fica em Minas Gerais? Como um detetive, André buscava no próximo elemento algo que revelasse o entendimento da cena, mas, desta vez, o raciocínio lógico com que mapeava sua existência derrapava em pistas nebulosas.

 

Uma placa como esta deveria esconder um sentido. O engenheiro buscou na memória a tabela pitagórica em que cada letra corresponde a um número: 6 = o; 5 = n; 9 = i; 6 = o. Onio. DEM – ONIO... Demônio? Mas por que Divinópolis? Pensou. Sim! Tem aquela história de Lúcifer se achar Deus e, por isso, ser expulso do céu. E, pelo jeito, foi direito para aquele estacionamento quente e escuro.

 

André engoliu seco. Mirou corajosamente na direção do motorista tentando entrever na escuridão do vidro aquele que o observava. Recorreu novamente a Pitágoras. DEM. D = 4; E = 5; M = 4. A somatória dos números é... 13! O engenheiro voltou a olhar o celular: sexta-feira 13.

 

Que pesadelo. Da memória, saltaram medos infantis que só esperam hora e local propício para atacarem. Lembranças de “A morte pede carona”, “Christine, o carro assassino”, e outros filmes que outrora foram motivo de risos eram o único sentido possível para aquela sinistra combinação.

 

Agora as gotas geladas de suor brotavam por todos os poros e morriam sugadas pela camisa já encharcada. André fechou-se no carro. Virou a chave. Imediatamente ouviu o ronco do motor outro acelerando com silenciosa potência.

 

Trêmulo, desligou o carro. Não havia como fugir, oras. Carro de demônio deve ter uns mil cv de potência. Tentou rezar, mas a lembrança mais próxima de algo sagrado era da época em que matava as aulas do catecismo para namorar. Meus Deus, vencido pela luxúria juvenil! Podia até ouvir o riso do macabro motorista.

 

Sem escapatória, saiu do carro. Passo a passo, parou diante da porta. E perguntou em pensamento – demônios têm telepatia - “o que você quer de mim?”

 

O vidro foi baixando meio milímetro por minuto, lentamente – tão lento quanto só a ansiedade poderia imaginar.

 

Todo o corpo de André pulsava nas rápidas batidas do coração. Desmanchando-se em horror deparou-se com um carro vazio. Mas a presença do invisível era ainda pior do que qualquer imagem dos discos do Iron Maden.

 

Havia, entretanto, uma voz que vinha de longe. Rouca, grave e distorcida por chiados. O engenheiro, sem perceber, foi colocando a cabeça pouco a pouco dentro do veículo, seduzindo por seu significado.

 

De súbito, pulou do banco ensopado de suor. Era um sonho? Olhou ao redor, no estacionamento, não havia um, mas vários carros com motoristas invisíveis. Diante da insanidade pós-sonho, André usaria o pouco da lucidez para se dirigir ao hospício, mas foi salvo pela voz rouca, grave e distorcida do rádio: “Projeto que permite instalação de película mais escura no carro é aprovado”.

 

Ah, agora tudo fazia sentido. Ufa! O engenheiro sorriu feliz, crente de que o horror havia acabado. Porém, a Lei e a sexta-feira 13 estavam só começando...

[Fernandoof 0]

Aproveitando topic

 

Comissão do Senado aprova uso de películas mais escuras em automóveis

 

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta semana, projeto de lei que altera a atual legislação sobre o uso de películas de proteção contra raios solares nos vidros dos automóveis, conhecidas como insulfilme. A mudança no Código Brasileiro de Trânsito (CBT) vai permitir a instalação de películas mais escuras, que deixam entrar menos luminosidade nos veículos e “constitui medida de proteção aos seus ocupantes”.

 

Pelo projeto, o uso do insulfime será permitido desde que o grau de transparência no vidro/película não seja inferior a 70% no pára-brisa (atualmente é de 75%). Nos vidros laterias dianteiros, o índice de claridade mínima vai passar de 70% para 28%. Nos demais vidros, o índice poderá cair de 50% para 15%. A faixa superior do pára-brisa deverá ter no máximo 25 centímetros de largura e a luminosidade não pode ser inferior a 15%.

 

Veículos especiais de socorro e segurança vão poder usar insulfimes ainda mais escuros. Para evitar que o pára-brisa e a traseira dos automóveis possam desviar a atenção dos motoristas, ficará proibido o uso de publicidade nesses locais, a não ser que seja comprovado que não há riscos à segurança. Os carros protegidos por película deverão ser equipados com espelhos retrovisores externos, direito e esquerdo.

 

Quem não cumprir as regras propostas pelo projeto poderá sofrer quatro tipos de punições: classificação da infração como “grave”, perda de pontos na carteira de motorista, multa e retenção do veículo para regularização. Segundo a associação Nacional das Empresas e Películas Protetoras (ANEPP), o Brasil tem cerca de dez milhões de automóveis com vidros escurecidos.

 

O relator da matéria, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) ressaltou que na área fundamental para a dirigibilidade - o pára-brisa -, a redução da entrada de luz foi pequena, ao contrário das áreas menos importantes para a visibilidade do motorista. Ele sublinhou, ainda, que a mudança não oferece risco à segurança do trânsito e constitui medida de proteção para os usuários.

 

“Em meio à escalada da violência no país, a iniciativa se reveste de grande interesse, afinal, quanto menos visível estiver o cidadão no interior do carro, menos vulnerável à ação de bandidos que atuam no trânsito”, pontuou o senador. Segundo ele, quando se leva em conta a presença de “pessoas indefesas” nos veículos, como idosos e mulheres, “torna-se particularmente evidente o elevado sentido social da proteção que o projeto pretende assegurar”.

 

Para a ANEPP, a diminuição à exposição interna dos veículos dá mais segurança aos ocupantes, conserva mais o estofamento devido aos efeitos do sol, potencializa o ar condicionado e aumenta a resistência do vidro em caso de colisões no trânsito.

 

O projeto de lei aprovado na CCJ é originária da Câmara dos Deputados, de autoria do ex-parlamentar goiano Capitão Wayne. Foi apresentado em 2005. Após passar pela Casa seguiu para o Senado, onde tramitou na CCJ. Será agora apreciado pelo plenário e, se aprovado, segue para sanção presidencial.

 

 

 

Agência Brasil

 

 

Fonte: http://imirante.globo.com/plantaoi/plantao...?codigo1=124042

[NetoV8 0]

É uma questão polêmica..

Embora eu odeie muito insulfilme, acho a coisa mais bizarra que uma pessoa pode colocar no carro, não posso tirar o direito de quem o usa para sua segurança.

[Rancid 1]

será ?

hauhauahauhauahuah

 

fo** acontecer isso, imagina vc embreagado vivendo isso ?

[Macaw 0]

será ?

hauhauahauhauahuah

 

fo** acontecer isso, imagina vc embreagado vivendo isso ?

EHuaehauehue embreagado eh MTO pior... pq vc pode ver o carro virar de ponta cabeça