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  1. Sedãs médios Mais modernos e equipados, os sedãs recém-lançados desafiam os tradicionais líderes do mercado Por Paulo Campo Grande | Fotos Marco de Bari | 14/11/2013 Do Fiat Linea de 53 100 reais, básico, ao novo Ford Focus de 89 990 reais, completo, o segmento de sedãs médios tem pelo menos uma dezena de modelos, apresentados em diferentes versões de acabamento, equipamento e motor, que multiplicam as opções por três ou quatro. Conseguir um lugar ao sol na preferência do consumidor não é fácil. Nos últimos tempos, os japoneses Honda Civic e Toyota Corolla têm levado vantagem. Mas a renovação da oferta é constante e a disputa, cada vez mais apertada. Neste comparativo, reunimos dois campeões de vendas, Civic e Chevrolet Cruze, e dois lançamentos, Focus e Ci troën C4 Lounge, nas versões top. A primeira constatação foi a impressionante velocidade com que os sedãs evoluem. O Corolla ficou de fora porque, apesar de continuar vendendo bem, já, já chega em nova geração (o lançamento será em março de 2014). Pouco depois da realização desse comparativo, veio o Nissan Sentra, cujo teste você verá por aqui muito em breve. 4º- Chevrolet Cruze Em terceiro lugar no ranking de vendas, o Cruze entrou neste comparativo com status de único modelo que consegue se aproximar dos tradicionais líderes do segmento. Para ajudar, na linha 2014, ele chega com um aperfeiçoamento que a fábrica anuncia como algo muito desejado pelo mercado, que é a inclusão da central multimídia MyLink como item de série, que no caso dele ainda vem com GPS incorporado. Apesar dessas melhorias e do bom retrospecto nas lojas, o Cruze deixou a desejar diante dos rivais deste comparativo. A desvantagem mais evidente surgiu na nossa pista de testes. Dono do motor mais fraco – 144 cv contra 155 (Civic), 165 (C4) e 178 (Focus), sempre com etanol –, o Cruze ficou para trás nas provas de desempenho, sem a contrapartida de um rendimento melhor nas medições de consumo (veja os resultados no final do comparativo). No que diz respeito ao comportamento, o Chevrolet não desagradou. Pelo contrário, ele se mostrou um carro gostoso de dirigir. Mas, nas provas de frenagem, novamente ele ficou aquém dos rivais. Vindo a 80 km/h, precisou de 28,8 metros para frear, enquanto o C4 Lounge parou em 25,9 metros. Fora da pista, o Cruze perdeu terreno em detalhes que somados fizeram diferença. Ele é o único que não tem piscas nos retrovisores e ainda utiliza as velhas palhetas de limpador do para-brisa articuladas. Ao acessar o motor, a trava que libera o capô é de metal (enquanto nos outros há proteções de plástico ou borracha, para evitar que o motorista queime os dedos com o calor que irradia naquela região). E há ainda os aspectos ruins que não são exclusivos seus, como a suspensão com eixo de torção na traseira, que também equipa o Citroën, e o ar-condicionado convencional, igual ao do Honda. Por fim, pesa contra ele a expectativa de mudanças visuais. Lançado em 2008, o Cruze será reestilizado na linha 2014, nos mercados estrangeiros, mudança que deve chegar aqui no ano que vem. DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO Direção ligeiramente mais pesada e firme que a dos rivais. Precisou de mais espaço para frear. Suspensão (eixo de torção na traseira) é bem apoiada. MOTOR E CÂMBIO O motor 1.8 ainda tem tanque auxiliar de partida a frio e obteve piores médias no consumo do comparativo. Câmbio de seis marchas foi mais lento nas trocas. CARROCERIA Reestilização feita no modelo europeu ainda não chegou por aqui. Na versão LTZ, o acabamento é superior. VIDA A BORDO Ganhou central multimídia MyLink, o ar digital tem nariz eletrônico (fecha a entrada de ar em caso de alto índice de CO2), mas não é dual-zone. Espaço é compatível com a categoria. SEGURANÇA Vem com quatro airbags, EBD, BAS, ASR, ESP e câmera de ré, mas não tem repetidores nos retrovisores. SEU BOLSO O seguro é o mais carro do comparativo. Tem a força da marca e a ampla rede de concessionários a favor. 3º- Ford Focus Do terceiro lugar em diante, houve grande equilíbrio de forças entre os sedãs. De início, o recém-lançado Ford causou impacto por suas características técnicas, que incluem o motor 2.0 flex com injeção direta de combustível e o câmbio automatizado de dupla embreagem. Na pista de testes, porém, ele não confirmou a superioridade técnica porque o Citroën, com seu motor turbo, foi o mais rápido e o Honda (com sistema de gestão de ECON) ficou com o título de mais econômico. O Focus também chamou atenção pela lista de equipamentos, mas para ter tudo o que a fábrica oferece seu preço fica salgado. Considerando os itens de série de cada carro, nas versões topo de linha analisadas, descobre-se que os mais bemequipados são Focus e C4, com certo equilíbrio de conteúdo entre eles. Mas, comparando o preço dos sedãs, o C4 oferece a melhor relação custo-benefício. Por 77 990 reais, o C4 Lounge conta com central multimídia, ar-condicionado dual-zone, piloto automático, leds, seis airbags, ESP, sistema de alerta de pontos cegos e sensores de luz e estacionamento (dianteiro e traseiro). E, ao preço de 81 990 reais, o Focus traz ar-condicionado dual-zone, piloto automático com limitador de velocidade, seis airbags, ESP, sistema auxiliar de partidas em rampa e sensores de chuva, de luz e de estacionamento (traseiro). Completo, com teto solar e faróis bixenônio direcionais, que são seus únicos opcionais, o C4 custa 81 290 reais. E o Focus, que inclui teto solar, faróis de xenônio, leds, sistema auxiliar de manobras de estacionamento, central multimídia Sync com sistema de som Sony, sensor de estacionamento (dianteiro) e banco do motorista com ajustes elétricos, vai a 89 990 reais. O maior pecado da Ford, todavia, foi a qualidade do acabamento do carro, com o encaixe impreciso de peças da carroceria e a seleção de materiais – como o de revestimento do porta-malas e o da haste que sustenta os apoios de cabeça dos bancos. DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A direção corrige pequenos desvios involuntários, em razão de vento lateral ou irregularidades do piso. Os freios são eficientes e a suspensão (multilink na traseira) privilegia o conforto, mas garante a boa dirigibilidade. MOTOR E CÂMBIO O motor flex, que dispensa sistemas auxiliares de partida e tem injeção direta de combustível, é o mais potente do comparativo. Ao câmbio automatizado faltou a opção das trocas no volante. CARROCERIA O modelo europeu está à beira de uma reestilização e a Ford peca na montagem. VIDA A BORDO É o dono do menor espaço para as pernas, no banco de trás. Tem ar-condicionado dual-zone, duas tomadas USB, entrada para SD Card e para cabo RCA. SEGURANÇA Seis airbags, EBD, ASR, ESP, câmera de ré e piloto automático com limitador de velocidade. SEU BOLSO Seu seguro de fábrica é barato. Os itens que tornam a vida a bordo mais confortável e divertida são opcionais. 2º- Honda Civic Contemporâneo do Cruze, o Civic chegou no fim de 2011 e hoje sofre de envelhecimento precoce diante dos lançamentos mais equipados e cheios de tecnologia. O Honda é o único dos sedãs alinhados aqui que não tem botão de partida da ignição, saída de ar-condicionado para o banco traseiro e câmbio de seis marchas. Assim como o Cruze, ele tem somente quatro airbags (contra seis dos demais) e chave tipo canivete (os outros contam com chaves com sensores de presença). Mesmo assim, o Civic se saiu bem neste comparativo porque se sustenta em sua construção precisa e nos materiais que, com raras exceções, são de boa qualidade. Seus únicos deslizes nessa área estão no plástico que cobre a parte superior do painel e as laterais das portas e nas maçanetas externas, que são ocas. Além disso, o Civic tem outros trunfos, como a suspensão multilink na traseira, a direção elétrica com dispositivo de correção de trajetória e o sistema de gestão de energia ECON, que o ajudou a obter o melhor rendimento na pista de testes. O ECON não é somente um econômetro que orienta a condução do motorista com vistas à redução do consumo, como muita gente pensa. Além das barras coloridas no painel, que têm essa função, o sistema interfere no carro ajustando o tempo de resposta da borboleta do motor, o regime de trocas de marchas e também o funcionamento do ar-condicionado, que passa a acionar menos o compressor, para poupar energia. Ao rodar, o Civic é um carro agradável. Sua suspensão macia privilegia o conforto e a direção leve é fácil de controlar. No visual, ele continua atraente, com destaque para o painel em dois níveis. Mas, assim como o Cruze, o Civic deve passar por uma reestilização em breve. As mudanças estão previstas para meados do ano que vem, para a linha 2015. Se quiser continuar na liderança do mercado, a Honda terá de se mexer, porque a concorrência está bem empenhada em tomar seu lugar. DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO Direção leve com assistência que ajuda nas correções de trajetória, para com segurança e a suspensão (multilink na traseira) é macia mas estável. MOTOR E CÂMBIO Ficou com as melhores médias de consumo e compensou a ausência da sexta marcha, com a possibilidade de trocas no volante. CARROCERIA Do ponto de vista da manufatura, o acabamento é perfeito. Mas não se pode dizer o mesmo da seleção dos materiais da cabine. VIDA A BORDO Bom nível de ergonomia, central multimídia touch, mas o ar-condicionado é monocomando, na frente, e não tem saídas para o banco traseiro. SEGURANÇA Quatro airbags, EBD, ASR, ESP, direção MA-EPS, câmera de ré e vidros com sistema antiesmagamento. SEU BOLSO Seguro caro. Fama de carro que não quebra e pós-venda campeão devem ser levados em conta. 1º- Citroën C4 Lounge Pesou contra o C4 Lounge o fato de ele não ser flex, na versão topo de linha 1.6 THP. O motivo são as conhecidas vantagens da tecnologia bicombustível, como a liberdade de escolha, a redução das emissões e a economia com os abastecimentos, em determinadas épocas do ano. Mas o Citroën soube se defender na pista de testes, com os melhores resultados nas provas de desempenho e boas médias de consumo, embora insuficientes para superar os rivais no custo do quilômetro rodado. Considerando os preços médios nacionais de 1,716 real/litro de etanol e 2,686 reais/litro de gasolina, pesquisados pela ANP, rodar com o C4, no mês passado, na cidade de São Paulo, custava 0,288 real/quilômetro, enquanto com o Civic, o mais econômico da turma, saía por 0,217 real. A diferença de custos pode mudar em função da variação dos valores dos combustíveis, mas o C4 conseguiu dar a volta por cima e vencer o comparativo por seu conjunto. De saída, seu preço de tabela é o mais baixo. Por 77 990 reais, o comprador leva o sedã com todos os itens que aparecem na unidade mostrada nas fotos, menos o teto solar e os faróis bixenônio, que são seus únicos opcionais. Mas, mesmo com esses dois itens, o C4 vai a 81 290 reais e ainda custa menos que o Focus e o Civic. O C4 tem uma central multimídia mais simples, que não é touch, e eixo de torção na traseira (como o Cruze), mas é o mais bem-acabado, da grade dianteira ao interior do porta-malas, passando pela cabine. Os botões do vidro elétrico são emborrachados e o motorista pode escolher a cor da iluminação do painel, entre branco e variações de azul. Além disso, é o mais espaçoso no banco de trás e o único que tem um estepe em tamanho real (os demais têm rodas mais estreitas de uso provisório). Ao volante, o C4 tem ímpeto esportivo graças às respostas da direção, da suspensão e, principalmente do motor turbo. E seu design é o único recém-chegado, sem data para mudar. DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO A direção é precisa, freou melhor que os rivais e a suspensão (eixo de torção, na traseira) privilegia o conforto, mas é ruidosa. http://quatrorodas.a...ens/estrela.jpg MOTOR E CÂMBIO O motor, que não é flex, apresentou ótimo rendimento. O câmbio aborrece com sua programação eletrônica que promove reduções frequentes no uso diário. CARROCERIA Sedã assumido (com três volumes bem definidos), tem design moderno e, de modo geral, acabamento superior ao dos rivais. VIDA A BORDO Sua tela da central multimídia não é touch, mas ele tem os bancos mais confortáveis e oferece maior espaço na traseira. SEGURANÇA Seis airbags, EBD, BAS, ASR, ESP, alerta de pontos cegos, camera de ré e sensor de estacionamento e vidros com sistema antiesmagamento. SEU BOLSO É o único que tem estepe de uso normal – os demais trazem pneus de uso provisório. Preço convidativo e custo de seguro interessante. TRÁFEGO CONGESTIONADO O segmento dos sedãs é um dos mais agitados do mercado, com renovação e ingresso constante de novas opções. Além dos modelos do comparativo, há outros que fazem sucesso nas lojas ou que vão chegar em breve. NISSAN SENTRA A Nissan está entre as que ainda lutam para se firmar no segmento. A nova ofensiva da marca no mercado já está pronta. Trata-se do novo Sentra, na sétima geração, que será apresentado no mês que vem, mas a fábrica já aceita reservas de interessados, que podem conhecer alguns detalhes do carro e se cadastrar para receber informações, no website da marca. TOYOTA COROLLA http://msalx.quatror..._sedans_22.jpeg Vice-líder do segmento, o Corolla segue vendendo bem, mesmo depois que sua nova geração foi apresentada, nos Estados Unidos e na Europa, em junho deste ano. A décima primeira geração do sedã será lançada no Brasil em março de 2014, mas nada indica que suas vendas irão despencar. Apesar de defasado técnica e visualmente, o Corolla se mantém graças à fama que construiu nos últimos anos, de carro que não quebra, aliada à boa imagem da marca, no pós-venda. VW JETTA http://msalx.quatror..._sedans_23.jpeg Apresentado em duas versões, Comfortline e Highline, o Jetta também conquistou seu lugar ao sol. A Comfortline é a mais simples. Tem motor 2.0 flex convencional de 120 cv e conteúdo básico. A Highline tem motor 2.0 turbo com injeção direta (gasolina) de 200 cv e pacote completo de equipamentos, incluindo direção eletro-hidráulica e suspensão traseira multilink. A primeira briga nas faixas de entrada do mercado, a outra enfrenta o topo da pirâmide. RENAULT FLUENCE http://msalx.quatror..._sedans_24.jpeg Lançado em 2010, o Fluence colocou a Renault no segmento, coisa que seu antecessor, Mégane, não conseguiu. O Fluence é o quarto sedã médio mais vendido. Ele reúne pacote de série bem-servido, rendimento superior, design original e bom espaço interno. VEREDICTO O C4 Lounge venceu esta comparação pelo conjunto. Ele tem boa relação custo-benefício, é espaçoso e bem-acabado. O Civic ainda conserva sua majestade, do ponto de vista construtivo e de tecnologia. O Focus evoluiu bastante, mas peca na qualidade construtiva e no custo dos opcionais. O Cruze é o menos equipado e teve o pior rendimento na pista. Fonte: http://quatrorodas.a...os-760378.shtml

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