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  1. Acredito que todo iniciante em SQ passa por algumas etapas de desenvolvimento, tem os detalhes importantes da instalação, conhecer os equipamentos mais adequados para proposta de SQ, aprender a separar o joio do trigo, planejamento e execução do projeto, entre outros. Mas depois que o carro fica pronto, não tem para onde correr, se quiser tirar o máximo do sistema precisa aprender a ajustar ele de maneira adequada. Por mais que o instalador entregue o carro com uma configuração inicial pronta, o ajuste fino só é obtido após muitas horas de audição e teste de diferentes configurações. Quando falo em ajuste fino me refiro a: 1 - Controle de ganho dos ampllificadores; 2 - Cortes do crossover; 3 - Ajuste do canal individual dos falantes; 4 - Equalizador; 5 - Fase do subwoofer; 6 - Alinhamento de tempo; Estes 6 itens são variaveis que quando não acertadas comprometem totalmente o resultado final do som. Por isso, com o objetivo de aprender um pouco mais sobre o tema, compartilhar minhas dificuldades e dar uma luz para os users que também se encontram nessa etapa, vou compartilhar aqui as minhas experiências ao tentar achar o melhor ajuste para o meu set. A título informativo o set usado como referência aqui é composto por: CD Player Pioneer DEH 7880 bt (2V) Kit 2 Vias Focal Ps 165 Módulo SD 400.4EVO (x2) Subwoofer JL 13w1 V2 (4Ohms) Módulo SD 1200.1EVO (2Ohms) RCAs do tw: Ley Line Giza RCAs do mid e sub: Ley Line Old Sarum Força: Shock e Monster Cable Speakers: Shock Classic e FW Tratamento básico das portas com manta Slient Coat O kit está sendo bi-amplificado por dois SD400.4 EVO da seguinte forma: Canais 1 e 2 em bridge (enviando 300 rms para o mid). Canal 3 ligado no tw (enviando 75 rms para ele). Canal 4 não utilizado. Os cortes estão ativos pelo modo rede do player; 1º ACERTO O primeiro acerto foi feito pelo Alves logo após a instalação, ja comentei sobre esse momento no tópico do carro: Eu estava ansioso para usar o TA e cravar o palco na minha frente, mas quando peguei o App ARC para configurar o audio, ele falou: - "Espera, deixa eu fazer alguns ajustes aqui antes, o TA é a última coisa". E então testou vários cortes, diferentes slops, mudou o ganho individual de cada falante pelo player, alterou o ganho nos amplificadores, me fez várias perguntas sobre qual era a minha impressão em função de cada mudança e após uns 30 a 40 minutos, a mágica estava feita. Sentado no banco do passageiro ele conseguiu configurar o palco certinho sobre o painel, com os graves do sub vindo da frente presentes, precisos e fortes na medida certa. A configuração inicial ficou assim: SD400 com ganho zerado SD1600 com ganho em 70% Bassbost do SD 1600 zerado LPF do Sub em 50Hz a 36db/8ª HPF dos mids em 63Hz a 12db/8ª LPF dos mids em 4Khz a 18db/8ª HPF dos tw em 5Khz a 12db/8ª Ganho do sub em -1 Ganho do mid direito em +8 Ganho do mid esquedo em +5 Ganho do tw direito em +3 Ganho do tw esquerdo em +1 Equalizador em flat Configurado com volume em 95% do máx. Rcas Shock Industries Reference Pró Ao final do trabalho fiquei satisfeito do com o resultado final, super empolgado e preocupao epenas em curtir o som. Mas conforme fui ouvindo percebi a necessidade de fazer algumas mudanças, principalmente pelo desejo de conseguir maior dinâmica em volumes mais baixos. O set foi cofigurado com o volume 60 (Max 62), volume que considero muito alto. Só que quando colocado em volume mais baixo o som estava perdendo muita dinâmica, era fraco, morto, sem pegada e sem profundidade. Dai comecei a pesquisar mais sobre as variáveis destes ajustes e decidi aumentar o ganho dos mids no módulo para ver no que dava. Mas não imaginava que apenas uma pequena mudança como esta fosse provocar alterações em praticamente todas as demais variáveis do sistema. 2º ACERTO Módulo estereo: Como o meu player é de 2v e o módulo tem sensibilidade de entrada de até 6v teoricamente eu posso aumentar o ganho sem receio de provocar danos ao amplificador. Sendo assim, minha primeira alteração foi aumentar 3-5 milimetros o ganho dos mids. Mantive o dos tw zerados. Somente fazendo isto consegui dar mais pegada para os mids apartir do vol 35 e criar uma faixa de volume dinâmica entre o vol 35 e 52. Acima disso o som ficou muito alto, ensurdecedor, e os tw também não aguentaram a pressão, quase fritei eles 2x no meu teste. Tweteers: Apos o ajuste de ganho os tw não conseguiram acompanhar mids, então aumentei o ganho do canal deles pelo player até achar um ponto equilibrado, no final deu certo. Sendo que dessa vez, conforme vocês podem ver nos numeros abaixo, o ganho dos tw pelo player estão quase equiparados com o ganho dos mids. Bem diferente de como ficou no primeiro acerto. E agora, com volume próximo ao máximo, entre 58 e 60, não precisou mais do que 2 minutos para que um cheiro de queimado começasse a sair dos tw. Como era um teste estava esperto e baixei evitando a queima. Baseado nos testes que fiz, estabeleci o volume 55 como limite de segurança. Problema de sibilancia: Após fazer estes ajustes os tw ficaram com sibilancia nos volumes mais elevados, gerando um chiado no final das falas do cantor e em algumas notas medias/altas. Só acontecia nos volumes mais altos da faixa que estava trabalhando, entre o 48-52. Ja estava para aumentar o ganho dos tw no amp e diminuir pelo player para ver no que dava até que lembrei que o corte do tw estava além do recomendado, o fs do meu tw é 2950, logo o corte em 5k não é recomendado para ele, apesar de ter ficado bom no primeiro acerto, dessa vez precisei mudar, assim aumentei o corte para 6.3Khz e o problema de sibilancia foi resolvido. Problema de fadiga auditiva: Outra coisa que percebi foi que partir do volume 45 o som estava causando fadiga auditiva, um incômodo nos ouvidos após 10-15 minutos de audição, a principio achei que era questão do volume estar muito alto, mas lembrei que no primeiro acerto feito pelo Alves não estava com essa característica. Depois de testar varias mudanças sem ter sucesso eu coloquei o corte dos tw em 8Khz e o problema foi resolvido, essa foi uma das últimas mudanças que fiz porque não imaginei que o slope poderia dar conta de um vale como este, de 4khz para 8khz, mas ficou até melhor, achei até que os agudos ficaram mais abertos e melhor definidos. O vale entre o corte dos mids e tw: Sei que o corte em 8k deixou um vale enorme entre o corte do mid e o do tw, e com o objetivo de reduzí-lo, coloquei o LPF dos mids para 5 e depois para 6k, mas curiosamente, a sonoridade não ficou boa, além de voltar a apresentar fadiga auditiva. O som esta melhor com LPF dos mids em 4K e HPF do tw em 8k com slope de ambos em 12db/8ª. Acredito que esta é a melhor configuração que achei até agora. Equalizador: Toda configuração foi realizada com EQ em flat. Mas com volume abaixo de 35 o EQ foi a ferramenta que utilizei para dar uma melhorada na dinâmica do som. Dependendo da musica testo as opções prédefinidas pelo player, como rock por exemplo, ou uso uma opção personalizada que fiz partindo do flat e dando alguns tapinhas nas frequencias baixas, nas altas, e reduzindo um pouco as médias. Melhora, mas não chega a ficar empolgante. Como eu escuto baixo apenas quando estou conversando com alguém no carro o som não fica sendo o principal mesmo, assim para o momento estou satisfeito, e na prática, mesmo sabendo que melhora, na maior parte das vezes nem mexo no equalizador quando o volume esta baixo. Módulo mono: No dia que fiz esse acerto ja tinha feito mais um UP no set. Saiu o SD1600 de 1Ohm e entrou o SD1200 de 2Ohms. O corte do sub permaneceu o mesmo, mas apesar do ganho em potência obtido com a troca, ainda tive que subir um pouco mais o ganho do módulo para que o subgrave acompanhasse a dinâmica dos mids que realmente impressiona. Deixei o ganho do sub no módulo com 85-90% e no player com +5. Assim ficou bem acertado para faixa de volume que estou trabalhando e em vol abaixo de 35 tenho uma folga de +5 pontos para dar uma melhorada quando sinto que preciso. Fase do subwoofer: A fase do sub esta normal, testei a inversão para ver o que provocava e o que percebi foi que aumentou a percepção de que as frequências graves vinham de trás. Com a fase normal as faixas graves estão vindo bem da frente em 90% das musicas. Algumas pessoas que escutaram chegaram a questionar se tinha falante na mala. Estou muito satisfeito com o sub. Alinhamento de tempo: Como ja estava no embalo e tinha percebido que muitas coisas ficaram diferentes após a modificação dos ajustes, resolvi configurar o TA novamente, como ja tinha as medidas dessa vez foi bem mais rápido. Mas não mudei minha impressão sobre o TA desse player, desta vez eu percebi de forma mais nítida que existe um pequeno atraso do subgrave em relação aos canais estéreo, más muito pequeno mesmo. Sendo que o som perde muita pureza com o TA ligado, prejudica a sonoridade de forma que não tem como se preferir usar com TA. Não sei se em outros modelos de Pioneer ou outras marcas são assim também. Eu usaria o TA para reduzir esse atraso do sub apenas se a pureza do som não fosse comprometida. Mas confesso que no dia-dia essa diferença passe despercebida em 95% do tempo. Em resumo o segundo acerto ficou dessa forma: SD400 com ganho em 5-10% (mids) SD1200 com ganho em 85-90% Bassbost do SD 1200 zerado. LPF do Sub em 50Hz a 36db/8ª HPF dos mids em 63Hz a 12db/8ª LPF dos mids em 4Khz a 12db/8ª HPF dos tw em 8Khz a 12db/8ª Ganho do sub em +5 Ganho do mid direito em +8 Ganho do mid esquedo em +5 Ganho do tw direito em +7 Ganho do tw esquerdo em +5 Equalizador em flat (Vol. méd/alto) Equalizador ajustado (Vol. baixo) Configurado com volume 42. (65% do máx). Esta gerando faixa de audição dinânica do vol 35 ao 52. Entre o 53 e o 55 o volume é ensurdecedor. E acima do 55 frita os tw. A caixa esta sintonizada em 5Hz Em resumo estou bem satisfeito com a configuração do sistema. A única insatisfação agora é com os tw que não aguentam mais potência e se eu aumentar demais o volume coloco em risco a vida deles. Edit: Corrigido nas informações do primeiro acerto o slope do tw, o volume em que foi configurado o set e os cabos RCAs que foram utilizados.

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