Reportagem sobre o Centro Automotivo Cosac Motorsport - BomdiaDF - Rede Globo
''Oficina do Paranoá mostra como preservar o meio ambiente
Óleo diesel e gasolina poluem o ar e quando jogados nos esgotos ou na terra, poluem a água do subsolo, córregos e rios. Mas quem tem consciência ambiental sabe usar os combustíveis sem causar danos.
Quando o assunto é oficina mecânica, o que vem logo a cabeça? “A gente imagina um balcão cheio de ferramentas espalhadas e aqui não. Eu achei bastante organizado”, elogia o servidor público Marcos Soares.
Mas uma oficina do Paranoá tem um estilo bem diferente. O chão é limpinho, tem plantas e muita organização. As ferramentas são separadas por categoria em armários construídos com ferro-velho. Assim como as mesas de trabalho, o dono tem um respeito tão grande pelo meio ambiente que a oficina mais parece uma escola.
“Cada cliente novo que vem, é apresentado para a estrutura da oficina, inclusive os maquinários. E muitos ficam impressionados com essa máquina que não polui o ambiente, principalmente alguns professores. E já me fizeram convites para apresentar essa máquina nas escolas para as crianças terem essa consciência de não poluir o meio ambiente”, conta o dono da oficina Carlos Cosac.
A preocupação com a preservação ambiental foi além. Carlos criou duas máquinas para limpeza das peças. Uma retira a sujeira com óleo diesel e querosene. A outra faz a remoção do óleo restante na peça com água. Os resíduos não são lançados na rede de esgoto. Tudo é reutilizado. “Colocando óleo na terra, você está poluindo e de forma muito duradoura”, alerta Carlos Cosac.
A idéia surgiu depois que Carlos foi à Curitiba e conheceu projetos que não degradam o meio ambiente. Com as máquinas, ele reduziu em 80% o gasto com água para limpeza das peças. E ainda economiza 15% de energia elétrica. “Acho que é a melhor coisa que nós fazemos dentro de uma sociedade, que precisa de um meio ambiente limpo. Assim, poderemos dar aos nossos filhos um meio ambiente como a gente recebeu e não destruí-lo mais, que é como tem sido feito há anos”, destaca o dono da oficina.
Hoje, a oficina tem mais de 450 clientes e a maioria vem de outras cidades do Distrito Federal, como o funcionário público Humberto, que passou a levar o carro na oficina há pouco mais de um ano. “Eu costumo dizer que eu venho mais para tomar café e conversar sobre outras coisas, porque meu carro já não dá mais problema”, diz Humberto Dias.
E quem é cliente há muito tempo, sabe bem a consciência que adquiriu. “Foi muito saber que aqui na oficina usam-se os recursos de forma correta e reaproveitando a água. Achei muito interessante. E fico satisfeito de poder contribuir dessa forma, evitando desperdício de água e energia”, diz um cliente.
Kenzô Machida / João Raimundo''
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