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Dodge Challenger 1971/2008

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Impressoes ao dirigir Setembro 2009

 

Dodge Challenger 1971/2008

O confronto de um dos ícones dos anos 70 e seu descendente de 425 cavalos

 

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Assim como na natureza, na indústria automobilística cada nova geração precisa superar a anterior para ter sucesso em sua existência. No caso dos carros, a evolução deve se manifestar em diversas áreas, tais como tecnologia, estilo, segurança e equipamentos, sempre se adaptando às necessidades do mercado. Nascido tardiamente, o primeiro Dodge Challenger, o esportivo vermelho mostrado nesta página, teve sua vida abreviada. O Challenger (desafiante, em inglês) surgiu no fim de 1969 no ápice da onda dos chamados pony cars (iniciada por seu parente, o Plymouth Barracuda, dez anos antes) e foi produzido somente até 1974.

 

Sua frente longa com faróis duplos sugeria um carro pronto para a ação. E a oferta de motores era generosa. Começava por um seis-cilindros em linha 3.7 de 145 cv e prosseguia com os V8: 5.2 de 230 cv, 5.6 de 275 cv, 6.3 de 290/335 cv, 7.2 de 375/390 cv e 7.0 Hemi de 425 cv. A estréia, no entanto, aconteceu num momento em que modelos potentes, beberrões e poluentes, como ele, registravam queda livre nas vendas, vítimas da elevação dos preços dos seguros e dos combustíveis. E o Challenger não conseguiu melhor destino que outros esportivos como Chevrolet Camaro, Pontiac Firebird e Mercury Cougar.

 

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Os pony cars deixaram saudades. E, anos depois, as fábricas tentaram reviver as glórias daqueles tempos. A Chrysler apresentou um novo Challenger em 1978, a Ford reeditou o Mustang e o Cougar (mais de uma vez) e a GM conservou o nome Firebird, entre os Pontiac. Em todas as ocasiões, as fábricas cometeram os mesmos erros, porém. Os novos modelos não estavam à altura de seus antecessores. Na maior parte dos casos, a principal credencial estava mesmo no nome. O último Cougar, lançado nos anos 90, usava a plataforma do Mondeo.

 

Agora as fábricas americanas resolveram honrar a tradição e estão relançando seus carros em versões que fazem por merecer os nomes que recebem. A Ford apresentou o Mustang, a Chevrolet, o Camaro e a Chrysler, a terceira geração do Challenger, mostrado aqui na cor preto perolizado. Como em uma experiência genética que recria um ser a partir do fóssil, os pony cars têm uma nova chance de perpetuar sua espécie.

 

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O novo Challenger foi lançado em fevereiro deste ano, no Salão do Automóvel de Chicago. A unidade mostrada aqui é uma SRT8 equipada com motor Hemi 6.1 de 425 cv. Foi trazida para o Brasil pela importadora paulista Pulsare. Ela é a número 530 das 6 400 que serão produzidas este ano (no painel, existe uma placa com o número). E está à venda por 350 000 reais. A sigla SRT vem de Street and Racing Technology, o nome da divisão de preparação da Chrysler.

 

O exemplar da primeira geração é um modelo R/T 440 Six Pack 1971, equipado com motor V8 7.2 de 390 cv, que pertence a um colecionador de São Paulo. A tradução do nome é a seguinte: R/T é a versão Road and Track, 440 é o tamanho do motor em polegadas cúbicas e Six Pack remete a seus três carburadores de corpo duplo.

 

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As duas gerações se encontraram na pista de testes da TRW, em Limeira. Nas poses para a posteridade, dá para ver que os designers da versão atual quiseram preservar a maioria dos sinais de nascença da primeira geração. Do pára-choque dianteiro ao aerofólio traseiro, os dois guardam muitas semelhanças. Repare no relevo do capô, no vinco em toda a lateral da carroceria e na tampa do tanque de combustível – para ficar em alguns exemplos, apenas. A evolução entre os projetos é revelada no tamanho das rodas, que passou de 15 para 20 polegadas, e nas proporções da carroceria. O novo modelo tem os eixos localizados mais próximos às extremidades, o que diminui os balanços dianteiro e traseiro e aumenta a distância entre os eixos. São 5,08 metros de comprimento, 1,89 de largura e 1,48 de altura, enquanto o antigo mede respectivamente 4,86, 1,93 e 1,29. Entre os eixos, o novo também é maior. São 3,05 metros contra 2,79 metros.

 

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Internamente, as diferenças ficam mais evidentes, com a chegada da eletrônica e a introdução de novos conceitos de ergonomia. O Challenger 2008 tem central multimídia, bancos elétricos e um computador de bordo que inclui um medidor de performance com o registro do tempo de aceleração, da distância de frenagem e da força de aceleração lateral e longitudinal. Os instrumentos estão todos agrupados à frente do volante, enquanto no modelo 1971 eles estão instalados um ao lado do outro, fugindo do campo visual do motorista. O volante de um é fino e tem como único acessório a buzina, enquanto o do outro é multifuncional, com os controles do rádio, do computador de bordo e do piloto automático. No espaço interno os dois se equivalem, principalmente para quem quer viajar nos bancos de trás. Ninguém raspa a cabeça no teto, mas para acomodar as pernas é melhor se sentar em posição de ioga. Os bancos do modelo novo são bem mais confortáveis, porém.

 

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O novo Challenger foi desenvolvido sobre a plataforma do Chrysler 300C, que, em bom alemão, pode ser chamada de W210, o código que identifica a geração anterior do Mercedes Classe E. Isso porque o 300C é fruto do casamento da americana Chrysler com a alemã Daimler. Os genes germânicos, porém, não são dominantes no comportamento do Challenger, que se revela um autêntico descendente dos “american muscle cars”.

 

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No início da reta de Limeira, ao volante da nova versão, piso fundo e vejo o Challenger repetir o gesto de seu antecessor ao erguer a dianteira na arrancada, jogando meu corpo para trás, conforme as rodas traseiras empur ram o carro para a frente. Ao mesmo tempo, o ronco do motor preenche a cabine, como no velho Challenger. Talvez uma oitava mais grave, no modelo mais novo, mas com o mesmo timbre. Presto mais atenção e descubro que, no carro novo, ouve-se apenas o motor (e o vento, quando se está acima de 100 km/h), enquanto a transmissão atua em respeitoso silêncio e a carroceria nem se mexe para não perturbar a exibição do V8. No modelo 1971, o som do motor tem o acompanhamento de alguma percussão vinda da suspensão. Coisas próprias da idade.

 

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O novo Challenger é mais gostoso de dirigir. Sua direção é mais direta e precisa, em dueto com a suspensão firme. Enquanto o modelo original conta com eixo rígido e molas semi-elípticas, na traseira, o atual se apóia em um conjunto multilink, auxiliado por uma barra estabilizadora de grosso calibre. Na dianteira, os dois usam sistema duplo A. Na pista de testes, tento fazer a curva com cada um dos carros na mesma velocidade de 50 milhas (80 km/h). O modelo antigo joga a traseira e balança a carroceria no início da manobra, estímulo suficiente para aliviar o pé do acelerador e contornar a curva devagar. O novo obedece ao meu comando e permite que eu acelere um pouco mais para ganhar tração e sair rapidamente.

 

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Se tivesse câmbio mecânico de seis marchas, como está prometido para o segundo semestre, o novo Challenger teria um comportamento mais esportivo, sem dúvida. Mas a caixa automática seqüencial de cinco marchas parece mais rápida nas trocas no modo manual que a transmissão original do modelo 1971, de longas quatro marchas.

 

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Em relação ao desempenho, revistas da época contam que um Challenger R/T 1971 igual ao mostrado aqui acelerava de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e fazia cerca de 2,7 km/l, em um circuito misto. O atual, por sua vez, acelera de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e consegue a média de consumo de 7,2 km/l também em ciclo misto, de acordo com a fábrica.

 

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Ainda que carregue o peso dos anos e a realidade fria dos números, o Challenger antigo esbanja atitude e raça. Ao retornar para a garagem da pista, entendo perfeitamente por que esse carro é cultuado até hoje, quase 40 anos depois de seu lançamento. Nos Estados Unidos, o preço de um Challenger original, premiado em exposições de colecionadores, pode ultrapassar os 120 000 dólares, enquanto o Challenger R/T 2008 custa 42 000 dólares, básico. Sem ser um campeão, o valor de um Challenger antigo cai bastante, para em torno de 40 000 dólares, mas ainda assim é quase o preço de tabela de um Challenger 2008 zero. O melhor ano, segundo o site Edmunds Inside Line, referência no comércio de carros na web, é 1970. O ano seguinte é bom. Entre 1972 e 1974, o valor cai bastante.

 

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No fim do dia, volto para a redação ao volante do Renault Logan 1.0 de nossa frota do teste de Longa Duração, seguindo os guinchos- plataforma que levam os dois Challenger de volta para seus donos, observando as reações no trânsito. As pessoas olham admiradas. Algumas não resistem e fotografam os carros com seus celulares. As atenções se dividem entre o carro antigo e o novo. Há quem queira guardar a imagem dos dois. Eu fico com a experiência de ter dirigido os carros e a certeza de que o novo Challenger conseguiu cumprir o destino de superar seu antecessor.

 

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Challenger sRT8 2008

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Motor: dianteiro, longitudinal, V8, injeção eletrônica multiponto

Cilindrada: 6 059 cm3

Diâmetro x curso: 103 x 90,9 mm

Taxa de compressão: 10,3:1

Potência: 425 cv a 6 200 rpm

Torque: 58,1 mkgf a 4 800 rpm

Câmbio: aut., 5 marchas, tração tras.

Dimensões: comprimento, 508 cm; largura,189 cm; altura, 148 cm; entreeixos, 305 cm

Peso: 1 878 kg

Peso/potência: 4,4 kg/cv

Peso/torque: 32,3 kg/mkgf

Suspensão: Dianteira: duplo A. Traseira: multilink

Freios: discos nas 4 rodas, com ABS

Direção: pinhão e cremalheira

Pneus: 245/45 R20 (diant.), 255/45 R20 (tras.)

 

 

Challenger R/T 1971

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Motor: dianteiro, longitudinal, V8, 3 carburadores de corpo duplo

Cilindrada: 7 211 cm3

Diâmetro x curso: 109,7 x 95,2 mm

Taxa de compressão: 9,7:1

Potência: 390 cv a 4 800 rpm

Torque: 69 mkgf a 3 200 rpm

Câmbio: manual, 4 m., tração traseira

Dimensões: comprimento, 486 cm; largura, 193 cm; altura, 129 cm; entreeixos, 279 cm

Peso: 1 562 kg

Peso/potência: 4 kg/cv

Peso/torque: 22,6 kg/mkgf

Suspensão: Dianteira: duplo A. Traseira: feixe de molas

Freios: disco (diant.), tambor (tras.)

Direção: esferas recirculantes

Pneus: 235/60 R15 (diant.), 255/60 R15 (tras.)

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Antigo é antigo :P

 

Lindo, maravilhoso, mas só compraria se fosse para expor...

 

Já o novo...... AHHHH QUE TESÃÃÃOOO

 

Se eu comprasse, teria que integrar a garagem no meu quarto... Passaria mais de mes durmindo ao lado dele :vts

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Como já falaram.... era bom o velho pra mostrar e o novo pra andar...

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Como já falaram.... era bom o velho pra mostrar e o novo pra andar...

eu acho o contrario... antigo pra andar e o novo pra luxar e andar as vezes

 

pago pau nos antigos, R/T... seja charger, challenger, ou até um dart...

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Legal esse artigo, sou mt fã dos Challengers...

 

Há um tempo atras vi um na rua, modelo novo, carro perfeito, lindo demais, fiquei olhando sem parar...sonho de consumo hehehe

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O legal é ver que o carro não perdeu a identidade visual mesmo modernizado ... olhando as fotos nota se que ele manteve as linhas do clássico .... tanto o antigo como o novo com qualquer um deles eu estaria muito feliz kkkkk

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cabei de voltar dos EUA... os carros mais lindos atuais são o Challenger e o CAmaro... puta mer** o Camaro tá LINDO DEMAIS!!!!!!!!!

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