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Kim

REMOVENDO ARRANHÕES DAS PINTURAS AUTOMOTIVAS

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REMOVENDO ARRANHÕES DAS PINTURAS AUTOMOTIVAS

 

 

Os polidores profissionais estão enfrentando diariamente uma pergunta banal feita pelos donos de carro obcecados pelo aspecto da pintura automotiva:

 

" - Será que se consegue tirar esse arranhão do meu carro?"

 

Cumprir com palavra dada ao cliente é tarefa árdua para o polidor levando em conta que a maioria não conhece o tipo de tinta que está a sua frente e conseqüentemente não sabe até onde pode prometer de tirar riscos da mesma.

 

Existe uma gama enorme de tintas automotivas encontradas nos carros modernos. Esta variedade determina a seriedade do risco encontrado e o processo adequado para removê-lo.

 

O primeiro passo é dado pelo polidor ao identificar se a pintura é original de fábrica ou repintura:

 

Caso A) Pintura Original de Fábrica

 

Devido à abertura de mercado dos últimos anos, existem no Brasil carros de inúmeras procedências: carros americanos, europeus, japoneses, coreanos e os assim chamados nacionais.

 

Mesmo sendo todos eles, basicamente, pintados com lacas poliuretânicas, existe uma grande variação de carro à carro, de modelo à modelo, dependendo da origem e da conveniência do fabricante em dado momento.

 

Para exemplificar, na linha de montagem da BMW série 5, na Alemanha, existem duas linhas paralelas: uma usa tinta convencional poliuretânica, à base de solvente, enquanto a outra usa tinta poliuretânica em pó.

 

Um veículo pintado na primeira linha, reagirá diferente ao polimento do que o que passou pelo processo de pintura da segunda linha devido ao processo de cura diferente das camadas de tinta em cada caso.

 

Normalmente os tipos de pintura de fábrica variam em função das leis ambientais do país no qual o veículo é fabricado. Mesmo tendo o mesmo fornecedor de tintas em diferentes países, os fabricantes modificam os sistemas de pintura, de acordo com as necessidades locais.

 

A cura das superfícies pintadas requer a exposição das mesmas ao ar. A cura aeróbica é parte do processo de catalização da tinta.

 

Os veículos protegidos por filmes plásticos, imediatamente após a fabricação para fins de estocagem ou transporte marítimo, continuarão o processo de catalização da tinta somente após a remoção dos plásticos. Esses plásticos não permitem a circulação do ar nas superfícies pintadas e os solventes não se evaporam na medida requerida para uma total secagem da tinta.

 

Ford, GM e Honda estão usando nas áreas críticas primers resistentes à impacto, evitando assim que a tinta descasque por abrasão.

 

A Mercedes Benz usa esse tipo de primer no carro inteiro, nos modelos Classe M.

 

Esse tipo de primer gera um comportamento diferente da pintura quando polida e as marcas são difíceis de evitar.

 

As lacas poliuretânicas usadas na pintura automotiva comportam-se como um material plástico. Calor excessivo gerado por boina de polimento amolece o polímero causando expansão do mesmo. O resultado é penetração profunda de arranhões e marcas na tinta.

 

Testes mostraram que em pintura de duas camadas de tinta poliuretânica, o fenômeno ocorre quando o polimento gera temperaturas acima de 46ºC.

 

Quando polimos um carro com pintura moderna atuamos basicamente sobre a camada transparente de verniz de espessura bem reduzida. Não é aconselhado remover no polimento acima de 0.3 mils (3/1.000 de polegada = 0.00762 cm), por dois motivos:

 

1º) Removendo mais, reduziremos sensivelmente a espessura do verniz e futuros polimentos poderiam comprometer o brilho e a resistência da pintura.

 

2º) O verniz é denso e sólido somente nos 0.5 mils da camada superior. Embaixo desta "capa" resistente, o verniz apresenta-se poroso e com baixa resistência mecânica, sendo facilmente marcado por arranhões.

 

A quantidade de sólidos que contém a tinta usada na pintura original de fábrica, também influi sobre o comportamento da mesma quando submetida ao polimento. Constatou-se que tintas de média ou baixa densidade de sólidos apresentam baixíssima resistência à arranhões e marcas.

 

Devido a grande diversidade de fatores que influem sobre o comportamento das tintas automotivas não pode criar um única receita de polimento para todos os veículos. Cada caso deverá ser examinado em separado, cabendo ao polidor profissional tomar as decisões certas para cada caso. Treinamento adequado da mão-de-obra envolvida com polimentos, é fator importante.

 

Caso B) Repintura

 

Quando precisa polir um carro repintado os cuidados do polidor deverão ser redobrados. Apesar de existir uma certa padronização à nível de fabricantes de tinta para esta finalidade, a qualidade da repintura está muito longe da qualidade da tinta original de fábrica. O fator "custo" determina na maioria dos casos, mudanças no processo de aplicação, de diluição e de secagem das tintas. O pintor poderá optar por catalizador em excesso, por diluente mais ou menos volátil, por aumento da temperatura na estufa, etc.

 

Estas mudanças incontroláveis alteram significativamente o comportamento da tinta exposta ao polimento e possibilidades de criar riscos profundos e marcas de boina aumentam sensivelmente

 

Procedimentos

 

Entendendo porque certas tintas arranham e marcam com mais facilidade que outras, vamos aprender a retirar a maioria desses defeitos. Para fazer um serviço profissional precisamos usar equipamentos e produtos adequados que nos permitam enfrentar inúmeros casos diferentes.

 

1. Equipamentos Recomendados

 

1.1 Politriz com velocidade variável

Velocidade normal de trabalho - 1.750 RPM

Velocidades reduzidas até 1.000 RPM

 

1.2 Suporte para boina de polir

Deverá ser escolhido suporte de material plástico injetado flexível com bordas arredondadas para diminuir a possibilidade de acidentes nas superfícies pintadas.

 

1.3 Enceradeira orbital

A aplicação da cera não deverá ser feita manualmente para criar película contínua e uniforme.

 

1.4 Boinas de polimento

As boinas poderão ser de pele natural de carneiro ou boinas tecidas, com lã ou material sintético. Boinas muito agressivas não são recomendadas para as tintas modernas. Quanto mais agressiva é a boina usada menor deverá ser a velocidade da politriz, para evitar marcas na pintura.

 

1.5 Boinas de espuma

É recomendável o uso de espumas apenas para acabamento e não para o polimento em si, devido à altas temperaturas desenvolvidas por estes materiais.

 

Considerações Gerais:

 

Limpar periodicamente as boinas de pele natural de carneiro, sem usar produtos que removem o óleo natural existente e que dá a suavidade necessária a este tipo de boina.

As boinas tecidas deverão ser limpas mecanicamente sem o uso de produtos químicos, após cada painel polido. O acúmulo de contaminantes ou polidor nas boinas é a causa maior para a formação de arranhões do tipo "teia de aranha".

Não apertar a politriz em demasiado sobre a superfície a ser polida, para não causar o stress térmico da tinta.

Evitar usar boina de espuma seca para acabamento pelo mesmo motivo.

 

2. Produtos Químicos Recomendados

 

2.1 Compostos abrasivos pastosos

Usar somente para repintura caso o estado da superfície repintada requeira desbaste.

 

2.2 Polidores líquidos levemente abrasivos (1.200 à 1.500 grit)

Polidores usados na maioria dos casos pela velocidade de trabalho proporcionada, pelo acabamento superior e pelo fato de proporcionar um mínimo de desbaste da camada de tinta.

 

2.3 Polidores Líquidos de Acabamento (2.000 grit)

Esses polidores serão usados para limpar e dar acabamento após o uso dos abrasivos. Normalmente são aplicados em baixa rotação com boina de pele de carneiro, boina sintética ou boina de espuma umedecida.

 

2.4 Removedor de Arranhões Leves

Líquido polidor de última geração com granulação do abrasivo quebrando na medida do uso. Começa com abrasão na faixa de 1.200 grit e acaba dando acabamento sozinho na faixa de 2.000 grit.

Após o uso de tal polidor é necessário somente o uso de boina de espuma com água para um resultado final satisfatório.

Para obter bons resultados com essa classe de polidores a politriz deverá ser usada em rotações reduzidas, abaixo da velocidade normal de 1.750 RPM.

O uso de produtos chamados "abrilhantadores", ou em inglês "glazes", para polimento não vai proporcionar resultados satisfatórios. Os arranhões não serão removidos, mas sim disfarçados.

 

Após uma ou duas chuvas ou lavagens, os mesmos reaparecerão.

 

Espero que após a leitura desse artigo, os profissionais da área escolham com maior cuidado os produtos e equipamentos a serem usados, e que as respostas dadas ao consumidor que busca a perfeição, serão mais convincentes, mais profissionais e mais perto da realidade.

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aíííí é que está , não teve um cara até hoje que nao deixou de me dizer" é só passar uma massa de polir que sai tudo, ai fica aquelas marcas muito porcas de "teia de aranha" por isso antes de fazer no meu, vou pesquisar lugares !!!

 

mais uma vez arregaçou no post Kimocréio !!!!!

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